Para o empresário Cláudio Adamucho, presidente do grupo G10, o Paraná vem deixando de ser rota para exportação de soja nos últimos cinco anos. Adamucho explica que a reforma da rodovia para o Porto de Santarém deve apenas agravar uma situação, que começou com o impedimento do Paraná de receber soja transgênica e complicou-se ano passado, depois que a América Latina Logística (ALL) adquiriu a Brasil Ferrovias, que tem a ferrovia Alto Araguaia a Santos.
“Com isso, já houve uma redução importante da soja que vinha para transbordo em Maringá”, garante. Ele acredita que a reforma da rodovia para Santarém ainda demore uns dois ou três anos. “Será um impacto inevitável para a região”.
Segundo o empresário, com a compra da Brasil Rodovias, a ALL transferiu para o Porto de Santos um contrato de transporte de três milhões de toneladas/ano, que passava por Maringá rumo a Santos. “Em consequência, no ano passado quase não veio caminhão de soja daquela região para Maringá”, explica.
Adamucho conta que desde que o governador Roberto Requião proibiu o Porto de Paranaguá de receber soja transgênica vem caindo a exportação pelo porto paranaense. “Essa redução culminou com a compra da Brasil Ferrovias pela ALL no ano passado. Foi um negócio interessante para a Bungue e para a ALL, mas péssimo para o Paraná e para os transportadores”.
Fonte: O Diário Maringá
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