As propostas da licitação para o pátio de cabotagem do Porto do Pecém devem ser abertas dia 29 de julho. A área de segregação vai acelerar a liberação de contêineres e dar oportunidades a novos negócios em função do melhoramento da logística
Mais uma engrenagem é ajustada na logística no Ceará. A abertura das propostas para a licitação do terminal de cabotagem (navegação entre portos de um país) está agendada para dia 29 de julho.
Com o valor estimado de R$ 2,3 milhões, a construção da área de segregação de 20 mil metros quadrados vai dar celeridade à liberação de cargas, além de oportunizar novos negócios que utilizam o modal aquaviário.
Será um espaço exclusivo para contêineres de cabotagem. Com isso, a carga ficará separada dos contêineres de comércio exterior, que precisam passar pela fiscalização da Receita Federal. Por isso, a importância de isolar as mercadorias, explica o presidente da Agência de Desenvolvimento do Ceará (Adece), Francisco Zuza de Oliveira.
Com mais agilidade, aumenta o fluxo de chegada e saída de produtos. “O novo pátio é muito importante, porque o Porto do Pecém vai ser um porto central do Brasil. É a última saída para a Europa. O transporte para o Nordeste vai ficar mais barato”, analisa.
Associada à Ferrovia Transnordestina, a cabotagem promete ser um modal decisivo para o surgimento de novos negócios. “Os dois, juntos, facilitam a logística. O Porto do Pecém tem que exercitar a cabotagem, porque tanto podem chegar produtos, quanto sair”, explica.
Mário Lima Júnior, diretor de Desenvolvimento Comercial da Cearaporto, empresa que administra do Porto do Pecém, afina o discurso. Para ele, o novo terminal de cabotagem cria condições para dar maior agilidade tanto na parte operacional quanto fiscal. “Facilita o trabalho da Receita Federal e o trabalho da Fazenda Estadual, que trabalha na cabotagem. É mais eficiência nas movimentações portuárias pela melhor segregação de cargas”, reitera.
Crescimento
Os dados sobre a movimentação do Porto do Pecém de junho ainda estão em fase de consolidação, mas O POVO teve acesso aos números relativos ao transporte de cabotagem deste período. A importação de gás natural para o Terminal de Regaseificação da Petrobras e do sal foi responsáveis pelo crescimento de 65% na tonelagem movimentada porto. Em 2009, 188.733 toneladas. Em 2010, 311.220 toneladas.
Na quantidade de contêineres comercializados, o crescimento foi de 17%, com 21.230 unidades, em 2009, e 24.889, este ano. Os dados são referentes ao período de janeiro a 30 de junho dos dois anos analisados. (Andreh Jonathas)
NÚMEROS
65 POR CENTO É QUANTO CRESCEU A TONELAGEM DA CABOTAGEM NO PECÉM
2,3 MILHÕES É A ESTIMATIVA DO CUSTO DO TERMINAL DE CABOTAGEM DO PORTO
Fonte: O Povo
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