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Pecém utiliza embarcação autônoma para atualizar carta náutica

Engenheiro destacou que uso de embarcações tipo USV em levantamentos hidrográficos é inovador no mundo e tem grande potencial por sua eficiência operacional

O Porto do Pecém (CE) utilizou a embarcação de serviço Guará, que opera de forma autônoma (USV), para realizar um levantamento hidrográfico com objetivo de atualizar a carta náutica 711 e realizar um estudo de sísmica rasa. De acordo com a administração do porto, foi a primeira experiência do tipo por um terminal portuário do Brasil, além de o levantamento ter permitido um maior conhecimento do solo marinho. O resultado foi aprovado este mês pelo Centro de Hidrografia da Marinha (CHM).

Além da área interna, o levantamento cobriu também a rota proposta para um canal de acesso para embarcações de grande porte, a área de fundeio dos petroleiros e futuras áreas de expansão do Porto do Pecém. "Essa aprovação atesta a qualidade do serviço, que foi executado nos padrões mais rigorosos da Marinha, colocando o Pecém, mais uma vez, na vanguarda da inovação do setor portuário", destacou o diretor de engenharia do Complexo do Pecém, Fábio Abreu.


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O engenheiro responsável pelo projeto, Felipe Guimarães, acrescentou que o uso de embarcações tipo USV em levantamentos hidrográficos é inovador no mundo e possui um grande potencial por sua eficiência operacional, já que são capazes de operar de forma autônoma, eliminando a necessidade de tripulações a bordo. "Isso resulta em uma coleta de dados mais produtiva, pois as missões podem ser realizadas de forma contínua, 24 horas por dia, sem interrupções para descanso ou troca de tripulação", apontou.

Guimarães explicou que esse tipo de embarcação oferece uma redução de custos e de erros humanos, diminuindo a probabilidade de danos às embarcações e equipamentos. "A ausência de tripulação a bordo elimina os riscos associados à exposição humana a condições adversas, como tempestades ou ambientes hostis. Isso contribui para um ambiente de trabalho mais seguro, reduzindo a probabilidade de acidentes e melhorando a segurança das operações", detalhou.

Outra vantagem destacada é a coleta de dados em tempo real, de forma a possibilitar que as informações sejam transmitidas instantaneamente para centros de controle em terra. "Isso proporciona uma tomada de decisão mais rápida e eficaz, permitindo ajustes imediatos nas operações com base nos dados em tempo real", concluiu Guimarães.






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