A crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros em maio pressionou os resultados da gaúcha Kepler Weber, fabricante de silos e armazéns de grãos, no segundo trimestre deste ano. O aumento dos fretes rodoviários no país, após a implementação de uma tabela de valores mínimos pelo governo, onerou a cadeia de exportações e brecou os investimentos de produtores, segundo a empresa.
Com isso, a Kepler registrou prejuízo líquido de R$ 14 milhões no segundo trimestre do ano, superior à perda de R$ 5,2 milhões que havia reportado no mesmo intervalo de 2017.
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Segundo relatório da empresa que acompanha o balanço, a paralisação dos caminhoneiros também provocou atraso de recebimento de matéria-prima, prejudicando o processo produtivo.
No semestre, o prejuízo acumulado somou R$ 24,6 milhões, 123,1% maior que o registrado no mesmo período de 2017.
Nesse cenário, a receita líquida da Kepler Weber no segundo trimestre caiu 13,9%, para R$ 107,6 milhões. No semestre, a retração na receita foi de 10,9%, para R$ 216,2 milhões.
De abril a junho, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativo em R$ 4,9 milhões, piora de 354,3% ante o resultado também negativo de um ano antes. A margem Ebitda da Kepler no trimestre ficou negativa em 4,6%, após margem negativa de 0,9% do mesmo período de 2017.
No primeiro semestre, o Ebitda ficou negativo em R$ 8 milhões, piora de 118,8% na comparação anual. A margem do período ficou negativa em 3,7%, uma piora em relação ao primeiro semestre de 2017, quando ficou negativa em 1,5%.
Fonte: Valor