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Petrobras, CSN e Gerdau fecham acordo sobre Itaguaí

A Petrobras vai desenvolver em conjunto com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e com a Gerdau um projeto de ocupação da área do porto de Itaguaí, no Estado do Rio, para suas operações de apoio marítimo ao pré-sal e para a construção de terminais de armazenagem de combustíveis líquidos. O projeto deverá ser desenvolvido e acordado até o fim do semestre.

Segundo o gerente-geral da área de Logística de Exploração e Produção da Petrobras, Ricardo Albuquerque Araújo, apesar de o acordo ainda não ter sido fechado, a ideia é que cada empresa tenha uma atuação independente. "O acordo será somente para a base portuária. Vai ser uma estrutura única para atender à operação das três empresas", afirmou.

O projeto prevê a construção de um píer com berços de atracação para navios a serviço das três empresas. A expectativa é de que os negócios no porto sejam iniciados em 2014, quando a produção de petróleo do pré-sal começará a ganhar maior importância, com a instalação de novas unidades de produção.

A CSN e a Gerdau, por sua vez, usarão o porto para exportar e importar minério de ferro. Para a Petrobras, o objetivo é atender as suas próprias necessidades logísticas, tanto para apoio às plataformas como o de recebimento de petróleo do pré-sal.

O gerente descartou a possibilidade de arrendamento das áreas para outra petrolífera, caso não esteja utilizando toda a capacidade. "Não vamos facilitar a entrada de concorrentes na logística. Se quiserem, eles que construam seu próprio porto", brincou.

Albuquerque descartou a utilizar áreas no Porto do Açu, de Eike Batista, em São João da Barra, também no Rio de Janeiro.

O executivo disse ainda que a Petrobras poderá dobrar os investimentos em logística nos próximos anos. Com as previsões de aumento de produção em 100% dentro de 10 anos, podendo chegar a 5 milhões de barris de petróleo por dia em 2020, a expectativa dentro da estatal é de que o volume de embarcações de apoio marítimo também dobre, só que mais cedo, dentro de cinco anos.

"Na Bacia de Campos, não tivemos condições de crescer de forma planejada porque não sabíamos qual era o tamanho das áreas. O pré-sal já nasceu grande. Quando nasce grande, a gente tem condições de fazer um planejamento muito mais adequado de suporte e logística", disse.

Todos os recursos logísticos da estatal são contratados. Ela não possui nenhuma aeronave ou embarcação própria. Hoje são utilizadas 85 aeronaves, mas o número não deverá dobrar, porque a intenção é passar a usar unidades de maior porte do que atualmente.

Fonte: Valor Econômico/Juliana Ennes | Do Rio


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