O terminal da Ponta do Felix voltará a ter profundidade de 9,5 metros e terá condições de operar com navios de fertilizantes. O terminal Barão de Tefé ficará com profundidade de 6 metros e poderá atender operações de cabotagem e com barcaças.
A notícia foi dada pela administração dos portos do Paraná, durante o seminário “Perspectivas do Desenvolvimento do Litoral Paranaense a partir do Pré-Sal”, que aconteceu nesta sexta-feira (3), em Antonina.
"Isso já deveria ter sido feito há tempos. Estamos pagando uma dívida com a cidade", disse o superintendente. "Com o aumento da profundidade, o terminal da Ponta do Félix poderá voltar a operar com fertilizantes, por exemplo, e atender navios de açucar com maior calado, tornando-se alternativa ao Porto de Paranaguá", destacou o superintendente dos portos, Mario Lobo Filho.
Segundo ele, a minuta do edital de dragagem já está quase concluída. "Para lançarmos o edital, precisamos do licenciamento ambiental, que é o mesmo que será obtido junto ao Ibama para o porto de Paranaguá e que acredito que devemos conseguir nas próximas semanas", ressaltou.
A intenção da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é iniciar os trabalhos de dragagem até o final do ano. Após a obtenção da licença ambiental, serão lançados dois editais: da dragagem dos canais de acesso aos portos de Paranaguá e Antonina e outro edital para dragagem dos berços de atracação. Lobo Filho explicou que faz-se necessária a divisão dos trabalhos porque as dragas que farão os dois serviços precisam ser diferentes.
O terminal Barão de Teffé, como é chamado o cais público do porto antoninense, ficará com seis metros de profundidade. Segundo Lobo Filho, não será possível aumentar a profundidade em função da existência de pedras e ainda não há estudos prontos para a remoção das mesmas. "Mesmo assim, o terminal poderá voltar a movimentar navios de cabotagem e também poderá operar com barcaças", explicou o superintendente
"Além disso, nossa projeção é para que seja aproveitada a vocação maritima e portuária que Antonina já tem para abrigar grandes empresas de fábricação de bases de exploração de petróleo. A cidade tem áreas de retaguarda próximas ao mar, abrigado e calmo, o que é uma grande vantagem no cenário do Pré Sal", completou ele.
PONTAL DO PARANÁ: Com baía com grande profundidade e sem necessidade de dragagem, o futuro porto de Pontal do Paraná teria capacidade para receber grandes navios petrolíferos e abrigar estaleiros para construção naval, apoio marítimo e bases de exploração do Pré-Sal.
"Temos que aproveitar as oportunidades que o Estado tem, devido a proximidade da bacia de Santos. Atrair negócios de exploração petrolífera e de base naval para a cidade significa criação de empregos e geração de renda. O impacto positivo é muito grande, porque a economia local é fortalecida e, consequentemente, melhora a qualidade de vida das pessoas que moram na região”, contou o superintendente da Appa.
Além dos prefeitos de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes, e de Antonina, Carlos Augusto Machado, o evento reúniu os prefeitos de Morretes, Amilton de Paula; Guaraqueçaba, Riad Said Zahoui; e de Paranaguá, José Baka Filho. O seminário foi promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, com apoio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Prefeitura de Antonina e Fundação Araucária.
Fonte:Correio do Litoral
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