Até o final de 2010, mais de quatro milhões de carros, ônibus, tratores e caminhões serão produzidos no Brasil, segundo previsão da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Com isso, os terminais portuários do país devem ter número recorde de exportação de automóveis e de importação de peças automotivas. No Paraná, o porto de Paranaguá já registra movimentação de aproximadamente 60 mil veículos, o equivalente a quase 40% do total registrado em todo o ano passado (140 mil automóveis).
As perspectivas de crescimento do setor foram tema de uma reunião, realizada nesta quarta-feira (16), entre montadoras integrantes do Fórum Automotivo do Paraná e o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Mario Lobo Filho. Em pauta, novas possibilidades para ampliar a movimentação de veículos e de contêineres com peças e matérias-primas pelo terminal paranaense. “Estamos entre os líderes nacionais em receita cambial e sabemos do impacto de nossas operações para a economia paranaense e brasileira”, ressaltou Lobo Filho.
Com a maior capacidade operacional de movimentação de veículos entre os portos brasileiros, Paranaguá é considerada estratégica para o crescimento esperado pela Anfavea. “O terminal tem capacidade para movimentar, em média, 150 veículos por hora, e logística específica, com pátio de veículos junto ao cais, índice zero de acidentes e proximidade da nossa fábrica em Curitiba, o que reduz gastos com o transporte de cargas”, enumera Elcio Chiquini, gerente de importação e exportação da Volvo do Brasil.
“Além disso, o Governo do Paraná garante uma melhor política tributária, que permite que o ICMS seja pago com melhores prazos. Para a nossa empresa é mais interessante, na relação custo - beneficio, operar via Paranaguá”, completou.
Janelas - Como as peças e demais matérias-primas para fabricação de veículos são transportadas em contêineres, a possibilidade de trabalhar com duas janelas extras de atracação foi considerada essencial para aumentar a capacidade produtiva da indústria automobilística paranaense. Segundo Selma Olívia Maia, gerente de supply chain (gestão de cadeias de fornecimento) da Case New Holland, as novas janelas oferecidas desde a última semana permitirão o retorno de linhas de importação para o terminal paranaense.
“Quando todos os berços do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) estavam ocupados, éramos obrigados a desviar nossa rota da Índia para o porto de Itajaí, em Santa Catarina, o que encarecia muito todo o processo. Com a nova norma, que aumenta para quatro as janelas de atracação, voltaremos a operar pelo Paraná”, afirmou.
Durante a reunião, o TCP anunciou a aquisição de dois novos guindastes, sendo que um deles deve estar em funcionamento nos próximos meses. “Serão novos portêineres e também novos transtêineres, que são equipamentos usados para transporte e estocagem dos contêineres”, adiantou o assessor comercial do terminal, Fabrício Fagundes.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
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