O novo presidente da Sociedade de Portos e Hidrovia de Rondônia (Soph) que administra o Porto de Porto Velho, Mateus Santos, encontrou uma série de problemas no órgão e disse que precisará fazer “uma revolução” para sanar as deficiências de operação e administração, que incluem uma dívida de R$ 2 milhões, falta de pessoal e de infraestrutura e até mesmo a limpeza no local. “Temos muitos problemas, mas nada que não se possa resolver com uma boa administração”, explica o presidente. Ele aguarda para fevereiro a abertura do processo de licitação para as obras de reforma, ampliação e modernização do porto. Os recursos, provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estão incluídos no orçamento do Dnit e, embora reduzidos pela metade (dos 26milhões previstos, sobraram R$ 13 milhões) são fundamentais para que o porto se prepare para receber os equipamentos pesados destinados às usinas do Madeira. Recentemente, para o descarregamento de seis transformadores, o consórcio encarregado pela obra do Jirau precisou construir uma rampa especial e providenciar outros melhoramentos.
Os problemas da Soph começam com a falta de pessoal. O órgão simplesmente não conta com um quadro de servidores. Com exceção de cinco funcionários que pertenciam à antiga Portobras os demais são contratados de forma emergencial, por seis meses, prorrogáveis. “Vamos fazer um plano, submeter ao legislativo e providenciar um concurso público para as contratações”, explica Mateus Santos. A expectativa é de admitir cerca de 30 funcionários para as áreas administrativa e operacional.
A falta de infraestrutura do porto é visível. O único armazém é pequeno, tacanho e totalmente inadequado, a começar pela altura e largura da porta, que dificultam a entrada de mercadorias, principalmente os grandes equipamentos das usinas. “Por enquanto a gente vai acomodando a situação, mas vamos receber peças que não poderão ficar ao ar livre e por isso há urgência para melhorar as instalações”, diz o presidente. No pátio do porto estão depositados cargas de madeira e outros produtos.
Fonte: Diário da Amazônia
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