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Porto de Salvador: projeto promete terminal moderno, mas teremos que esperar até 2013

No papel, a ideia está pronta. Mas a obra ainda não tem data para ser iniciada

A capital baiana entrou de vez no roteiro de transatlânticos, mas a infraestrutura do terminal de passageiros do Porto de Salvador não atende ao fluxo que nesta temporada vai bater todos os recordes - são esperados 350 mil pessoas. De olho na Copa de 2014, a Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) prevê uma ampla reforma que mudaria o cenário do Comércio e traria um fim definitivo à desordem e ao assédio que os turistas têm que enfrentar ao desembarcar na cidade.

O projeto, que, segundo o presidente da Codeba, José Muniz, será inaugurada no dia 13 de maio de 2013, quando o Porto completa 100 anos de fundação, terá investimento de R$36 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa para a construção de uma nova estação de passageiros. Além disso, está prevista a criação de um centro gastronômico que seria financiada com R$ 30 milhões da iniciativa privada.

No papel, a ideia está pronta. Mas a obra ainda não tem data para ser iniciada. “Trabalho de trás para frente. Meu prazo é 13 de maio de 2013. Só garanto que nesse dia a fita será cortada”, disse Muniz, ontem, durante a assinatura do Protocolo de Intenções em parceria com a Secretaria Extraordinária para Assuntos da Copa do Mundo (Secopa).

Enquanto o atual terminal de passageiros tem apenas 300 metros quadrados, a nova estação marítima contará com 4,2 mil metros quadrados.

Além da nova estação, o Armazém I será transformado em terminal turístico, com lojas de artesanato, restaurantes e áreas de lazer. A área, com 2,4 mil metros quadrados, terá pavimentos térreo e superior, com fachadas abertas em grandes vidraças e o visual da Baía de Todos os Santos como pano de fundo.

O terminal turístico será construído e administrado pela iniciativa privada. A empresa que vencer a licitação - ainda sem data definida - vai pagar mensalidade à Codeba.

Os pontos contemplados pelo projeto básico da Codeba foram motivos de queixas do presidente do Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia (Sindetur), Luiz Augusto Costa, na edição de ontem do CORREIO. “Não devemos nada a ninguém no quesito atracagem. Mas o maior problema é o terminal. Está faltando conforto, banheiros e até lojas de souvenires”, apontou.

Reforma do porto tem que acompanhar um ordenamento e revitalização do entorno

Para Pedro Galvão, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem na Bahia (Abav-Ba), o projeto tem montante de recursos insuficiente. “Já tem quatro anos que se fala desse projeto e nada. É pouco dinheiro para a infra estrutura necessária”. Galvão também pondera que a reforma do porto tem que acompanhar um ordenamento e revitalização do entorno. “Aquele entorno é terrível para a nossa imagem. O turista cruzeirista passa poucas horas aqui, mas só retorna se tiver uma boa imagem de segurança, limpeza e organização”.

Transalvador promete fiscalização
Se depender do novo superintendente da Transalvador, a diminuição do exagerado assédio de donos de vans a turistas no Terminal Marítimo é uma questão de tempo. Depois de assumir o cargo na terça-feira, o administrador Alberto Gordilho  prometeu intensificar a fiscalização no entorno de onde atracam os transatlânticos que chegam na capital.

O superintendente disse que não pode impedir que os clandestinos ofertem seus serviços defronte ao terminal, mas pode, sim, proibir que as vans, kombis e carros particulares que não estão autorizados para fazer turismo circulem nas ruas.

“Depois que o turista entra no veículo, podemos mandar o carro parar e cobrar a documentação para exercer aquela atividade”, afirmou Gordilho. Para ele, se bem feita, essa fiscalização coibiria o assédio que ocorre antes, no desembarque do passageiro. “Quando ele perceber que a fiscalização está intensa, deixa de ir para frente do porto procurar passageiro”, acredita.

Quanto ao trânsito caótico que se forma na Avenida da França, o superintendente disse que a solução é manter longe os clandestinos, já que o estacionamento dos credenciados já estaria disciplinado. “Você viu que os que estão liberados para atuar ficam enfileirados e estão devidamente disciplinados, né?”.

Por fim, Gordilho conclama o turista a ajudar, pedindo para que evitem os clandestinos. “Optar por pessoas descredenciadas é incentivar a prática. Eu não pego clandestino, nunca peguei. Prefiro pagar um pouco mais caro a me aventurar”, afirma.

Fonte: Correio da Bahia/Léo Barsan


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