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Porto de Santos vai definir licitação do VTMIS

A licitação do VTMIS - Vessel Traffic Management Information System – em português, Sistema de Gerenciamento e Monitoramento de Tráfego de Navios do Porto de Santos passará por uma nova etapa, com a abertura dos envelopes da concorrência, em 15 de outubro. A expectativa é de que o projeto esteja implantado até o final de 2011. O valor total do investimento somado ao custo de manutenção por dois anos é de R$ 15 milhões, a serem pagos com recursos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (CODESP). “É mais uma medida que coloca o Porto de Santos no nível dos maiores portos do mundo”, define Renato Barco, diretor de Planejamento e Controle Estratégico da Codesp.


No Porto de Santos, o VTMIS será composto por quatro torres de monitoramento e uma central de processamento e supervisão dos dados. O sistema vai auxiliar no controle do tráfego de embarcações, pois tornará mais segura a espera de navios nas áreas de fundeio e mais eficiente a movimentação e atracação de embarcações no porto. Esses recursos serão integrados à gestão de segurança da Supervia Eletrônica de Dados e ISPS Code.

A empresa que vencer a licitação deve construir as instalações da central e das torres, além de implantar o sistema no período de um ano, sendo responsável, ainda, pela manutenção do VTMIS por dois anos; bem como pelo treinamento dos operadores da central.

As torres serão instaladas em pontos estratégicos do Porto de Santos, como a ilha da Moela, a ponta de Itaipu, os arredores da Dow Química (na entrada do canal) e a ilha Barnabé. Estas áreas foram escolhidas por oferecerem segurança aos equipamentos e por possibilitarem cobertura de todo o estuário, com uma área de varredura que vai da área de fundeio ao Terminal Marítimo da Usiminas.

A central do VTMIS terá uma antena VHF para comunicação com as embarcações e receberá dados das torres de monitoramento, de uma estação meteorológica e de um maré grafo. A estação meteorológica servirá para monitoração de intempéries e o maré grafo, para identificar os movimentos de preamar (maré alta) e baixa-mar no canal. Assim, os operadores da central poderão estimar de forma mais precisa a profundidade de cada berço do cais e auxiliar os navios no momento da atracação.

As torres abastecerão a central com dados sobre a localização e movimentação de embarcações. Cada uma terá um radar, uma câmera inteligente e um transponder AIS para a coleta destes dados. Este último, o transponder AIS (Automatic Identification System, Sistema de Identificação Automática), é um dos equipamentos mais importantes da torre: ele recebe sinais enviados obrigatoriamente pelos navios. Com esse contato, a central visualiza a posição, a velocidade e o número de registro do navio numa carta de navegação eletrônica, exibida num monitor – seu movimento é acompanhado em tempo real.


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