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Porto do Recife foi área sugerida para projeto, mas existem empecilhos

Ausência de terminal pesqueiro causa perdas
Impasse sobre obra provoca desperdício de 40% de pescado
Pernambuco ainda não possui um local público para os pescadores e piscicultores desembarcarem seus produtos, enquanto em todo o País existem 23 terminais pesqueiros instalados e outros estão sendo construídos em alguns estados do Nordeste. Com isso, cerca de 70 mil pessoas que trabalham com pesca, dos quais 95% pescadores artesanais, desperdiçam quase 40% do volume pescado diariamente por não ter um local adequado para descarregar, armazenar e beneficiar o pescado. Este problema só será resolvido quando o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e do Porto do Recife, definir a área que será cedida - como contrapartida - ao projeto de construção do Terminal Pesqueiro do Ministério de Pesca e Aquicultura (MPA).
A construção do terminal estava prevista para começar em janeiro deste ano, com um aporte de R$ 20 milhões, e, por não ter um local definido, o projeto perdeu investimento de R$ 13 milhões em 2009 e pode perder mais R$ 13 milhões este ano, caso o acordo não seja fechado. “Quando iniciamos a discussão (em meados de 2006), a área sugerida para o projeto foi no Porto do Recife, mas entendemos que, por conta do Projeto de Revitalização de Áreas Portuárias (Revap), a área não pode ser liberada. Diante disso, pedimos que se encontre um outro local que tenha condições básicas operacionais”, disse o secretário de Fomento do MPA, José Claudenor Vermohlen.
O secretário já fez mais de dez viagens ao Recife procurando outras áreas alternativas. “Um dos lugares que encontramos foi em Brasília Teimosa. Entramos com pedido de licença, mas a área já estava pré-licenciada para outro empreendimento do Estado”, enfatizou. Em meio às tantas reuniões com os pescadores, no Recife, foi identificado como uma área adequada os pavilhões nove e dez do porto. “É uma área menor do que o previsto”, disse.
De acordo com o secretário Executivo de Desenvolvimento Econômico, Alberto Galvão, o terminal é de total interesse do Estado. “O problema é que o ministério propõe construir o empreendimento em uma área que já está ocupada. Ontem, tentei falar com José Claudenor para tratar sobre o assunto e não consegui. Precisamos conversar e avaliar outras alternativas em torno da Região Metropolitana”, informou Galvão.

Fonte: Folha de Pernambuco/JAMILLE COELHO


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