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Porto do Recife terá centro de artesanato

O projeto de revitalização da zona portuária do Recife começa a ganhar visibilidade com a restauração do armazém 11, ao lado da Praça do Marco Zero. Iniciada no mês passado, a obra fica pronta em dezembro próximo, para receber o Centro de Artesanato de Pernambuco. Com a reforma, serão criados espaços para exposição e comercialização de produtos artesanais, auditório, gastronomia e entretenimento, sem alterar as características do imóvel.

“É uma atividade importante para o Estado e o equipamento estará integrado com os centros culturais já existentes no Bairro do Recife”, destaca o administrador do Porto, Sileno Guedes. O Centro de Artesanato de Pernambuco fica próximo ao Instituto Cultural Santander, ao futuro centro cultural da Caixa Econômica Federal e ao recém-restaurado prédio da Associação Comercial de Pernambuco.

O investimento é de R$ 2,5 milhões, com recursos do Estado. Depois de pronto, será administrado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper,) por meio do Programa do Artesanato. “A AD Diper fará a curadoria para escolha dos eventos que ocuparão o centro. O espaço funcionará com atividades públicas e privadas”, diz Sileno Guedes.

Segundo ele, as intervenções no armazém 11 estão inseridas no programa de Revitalização da Área Portuária (Revap), que prevê novos usos para oito armazéns, do 9 ao 16. Nenhum galpão será derrubado na reforma. “Vamos manter o padrão existente, com poucas alterações”, diz. Uma delas é a substituição de portas de metal por uma parede de vidro, para permitir a interação do prédio com o mar.

O governo do Estado já definiu as ocupações de sete, dos oito armazéns que compõem o Complexo Integrado Comercial, Hoteleiro, de Convenções e Exposições. A única pendência é o de número 9. O armazém 10 abrigará o Museu Luiz Gonzaga, num convênio firmado entre o Estado e o Ministério da Cultura. O de número 12 (antigo Terminal Marítimo de Passageiros), na Praça do Marco Zero, continuará sendo usado com eventos da prefeitura e do porto.

Os armazéns 13 e 14 – onde eram encenadas peças de teatro – são destinados a comércio e gastronomia. Os galpões 15 e 16, além do prédio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Cais de Santa Rita, deverão ser ocupados pela hotelaria. “Ainda estamos resolvendo questões burocráticas com o imóvel da Conab”, informa Sileno Guedes. Ele ressalta que os imóveis guardarão a mesma unidade, para preservar a identidade portuária na cidade do Recife.

“Até porque, o porto continua funcionando, com a área operacional nos armazéns 1 ao 8”, destaca. O governo abrirá licitação para escolha da empresa privada que assumirá o Complexo Integrado. “Ganharemos uma receita a partir das ocupações.” Conforme Sileno Guedes, o governo está antecipando a recuperação dos armazéns, para agilizar o projeto de reforma.

As intervenções também incluem a derrubada dos muros que protegem os galpões. Dessa forma, as pessoas poderão circular entre os armazéns, o que não é feito hoje. “O cais ficará mais perto do público”, observa. A ordem de serviço autorizando a liberação do cais será assinada até o fim deste mês. As obras serão executadas em 17 meses. “Não basta só derrubar os muros, vamos reforçar o cais, para abrir a paisagem aos visitantes.”
Fonte: JC Online






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