O Porto do Rio de Janeiro teve concluída a primeira concretagem de superestrutura do seu projeto de ampliação. A obra está a cargo da Carioca Engenharia, que utiliza uma nova metodologia com formas em painéis metálicos móveis produzidos no canteiro. Cada etapa contempla, em média, 380 m³ de concreto 40 MPa e estão previstas um total de 12 fases até o primeiro trimestre de 2024.
Depois de pronta, a obra vai aumentar em quase 6.000 metros quadrados a área do cais do Rio de Janeiro, expandindo a capacidade operacional no fluxo de navios e a movimentação e estocagem de contêineres.
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A Carioca utiliza novas ferramentas para a fundação das bases de portos e pontes em áreas de grande profundidade. As peculiaridades do terreno no subleito marítimo ou mesmo em terra firme, aliadas às demais características da área, tornaram necessária a introdução de novas técnicas, na fase de fundação, para a colocação das estacas tubulares metálicas ou pré-moldadas de concreto com até 60 metros de comprimento.
A empresa conta com um bate-estacas flutuante próprio, conhecido como Ramlift. Um equipamento gigante de cerca de 45m de comprimento, 17m de largura e mais de 50m de altura da torre. Sua energia de cravação é de mais de 20 toneladas-metro, dotado de martelos hidráulicos ou pneumáticos a vapor ou ar comprimido.
Um ganho incorporado pelo Ramlift é o tempo gasto para a fundação da estaca, que passou a ser feito em poucas horas, contando com um sistema de geo-posicionamento por satélites (GNSS) de última geração. Um equipamento convencional necessida de um dia ou mais para concluir uma estaca metálica.
Gustavo Maschietto, diretor de Engenharia da empresa, destaca a utilização em escala cada vez maior do uso do georreferenciamento nas obras. A técnica uma metodologia tradicional a uma gestão mais rápida de todas as etapas da obra, permitindo por exemplo, o trabalho noturno, praticamente duplicando a produção diária.