Ao completar 10 anos de operação em 2021, o Porto Itapoá se consolidou como o quinto maior porto do Brasil em movimentação de contêineres. O desempenho geral do terminal no ano passado foi 13,1% acima do resultado de 2020, com 498 mil contêineres movimentados. Destaques para as importações que registraram um aumento de 23,2% em comparação ao ano anterior e de 17,5% na movimentação de cargas de transbordo. As exportações e a cabotagem representaram um crescimento de 6,9% e de 5% respectivamente.
Esses resultados positivos são reflexo da retomada da economia global após a crise causada pela Covid-19 e no incremento dos serviços do terminal como o Double Call para a linha de longo curso ASAS do armador Maersk– Hamburg Süd. O serviço com saída direta (sem transbordo) nas rotações de importação e exportação para os principais portos da Ásia garante o melhor transit time da linha Ásia entre os portos da região Sul do Brasil.
PUBLICIDADE
A inclusão do Porto Itapoá no serviço ASAS, também na rota de exportação, se transformou em mais uma alternativa para escoar os grandes volumes de cargas refrigeradas de proteínas animais provenientes do agronegócio dos estados da região Sul, especialmente do Oeste catarinense, além de exportadores das cadeias de celulose e de madeira.
“A infraestrutura de logística tem sido um impulsionador da economia que, mesmo com as consequências da pandemia, contribuiu de forma significativa para dar condições à retomada do poder econômico brasileiro. O Porto Itapoá vem acompanhando essa performance positiva como um importante elo nesta cadeia de abastecimento do Brasil com os mercados internacionais e na cabotagem entre portos de outros estados”, afirma o presidente do Porto Itapoá, Cássio José Schreiner.
Além de atender a agroindústria de Santa Catarina – incluindo as cadeias de proteínas animal e madeira – a movimentação de cargas de empresas do Estado inclui automóveis e autopeças, motores elétricos, setor metalmecânico e a indústria da linha branca. Esses segmentos representam cerca de 50% do volume movimentado pelo Porto. Os demais 50% de cargas movimentadas em Itapoá são de empresas de outros estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que buscam a eficiência do Terminal catarinense como alternativa logística.
As restrições impostas pela pandemia afetaram não apenas a mobilidade das pessoas nas cidades. O cenário da navegação mundial também foi diretamente impactado, gerando consequências vivenciadas até hoje em diversas cadeias de suprimentos. Os ajustes promovidos nesse ambiente, incluindo mudanças de escalas e adequações de serviços marítimos, fizeram com que uma das principais linhas que operavam em Itapoá, o SAEC – serviço entre Europa e América do Sul – deixasse o Terminal em 2021. Essa saída refletiu de forma significativa no volume do porto e, caso mantivesse sua frequência normal, elevaria ainda mais os números, de maneira especial as importações.
Para os próximos anos as previsões e projeções dos cenários nacional e internacional, levando em conta a participação do Terminal na logística brasileira, demandou que a empresa avançasse em seu plano de ampliação.
Em 2021 o Terminal deu início a um projeto de captação de recursos no mercado financeiro para viabilizar um acréscimo de capacidade de sua estrutura de 1,2 milhão de TEUs para 1,6 milhão de TEUs, o que deve ser uma das maiores capacidades operacionais entre os portos de contêineres do país.