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Porto Sudeste gera perda para trading Trafigura

A Trafigura, uma das maiores empresas do mundo no comércio de matérias-primas e logística, fez uma baixa contábil de US$ 80 milhões em relação a seu investimento no porto Sudeste, em Itaguaí (RJ), no balanço do semestre outubro 2015-março 2016.

A companhia diz que o ajuste de valor reflete rendimento menor, no momento, já que o porto funciona em ritmo mais gradual que antecipado por causa "do estado depressivo do mercado de minério de ferro". A baixa no preço da commodity faz com que o ganho previsto demore mais tempo para ser atingido.


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Esta é a primeira perda de valor que a gigante das matérias-primas contabiliza em relação ao porto Sudeste. No entanto, a companhia destaca em seu balanço que o porto é um investimento de longo prazo que vai gerar retornos atrativos na medida em que os volumes de minério voltarem a subir. O porto, investimento de US$ 2 bilhões que fez em joint venture com o fundo Mubadala, de Abu Dhabi, só registrou seu primeiro carregamento de minério de ferro em setembro de 2015, após um longo atraso nas operações por causa de problemas de licenciamento.

A fatia de Trafigura no porto passou de 32,5% em 2014 para 47,3% em 2015. E diz que se trata de um dos mais avançados terminais do mundo para exportação de minério de ferro, com capacidade de embarcar até 50 milhões de toneladas por ano.

Mas, no cenário atual do mercado, o presidente executivo, Jeremy Weir, ao comentar os resultados do semestre, estima que o terminal fará embarques de 10 milhões de toneladas de minério em 2016 e eleve o volume para 40 milhões de toneladas em três a quatro anos - ainda longe da plena capacidade.

No ano passado, Trafigura comprou duas minas de minério de ferro da MMX, Tico-Tico e Ipê, que segundo analistas tem capacidade de produzir 6 milhões de toneladas por ano. Em seu relatório de 2015, a companhia não esconde que está interessada em "explorar outras oportunidades" no Brasil e ter um papel ''na consolidação da fragmentada indústria de mineração na região de Belo Horizonte''.

No primeiro semestre financeiro de 2016 (setembro 2015-março 2016), Trafigura teve que compensar a baixa de preço das commodities com comercialização de volume maior. O lucro líquido foi de US$ 602 milhões, numa queda de 10% em relação ao semestre precedente.

Companhias de "trading", que ganham dinheiro negociando matérias-primas em torno do mundo, vem sofrendo com a situação no mercado. A suíça Glencore anunciou perdas de quase US$ 5 bilhões em 2015 e a Vitol registrou baixa nos ganhos.

Desta vez, Trafigura passou à frente da Glencore como o segundo maior negociante independente de petróleo. Quando os preços degringolaram em meados de 2014, a companhia expandiu agressivamente seus acordos, e tornou-se o maior exportador do petróleo da Rússia, por exemplo. No total, a companhia negociou mais de 4 milhões de barris de petróleo por dia até março, agora só ficando atrás da Vitol, que comercializou cerca de 6 milhões de barris/dia em 2015.

A "trading" é o segundo maior negociante global de metais. Estima que o mercado para metais e minérios continua tendo "desafios significativos", incluindo as incertezas sobre o ritmo preciso do crescimento econômico da China, espécie de fábrica do mundo. No entanto, a empresa vê "sinais positivos" em alguns segmentos, como em zinco, alumínio e mesmo níquel.

A Trafigura registrou outra baixa contábil, de US$ 46,9 milhões, nos ativos não financeiros relacionada a suas operações de ferrovia na Colômbia, que sofreram impacto de problemas de segurança.

Fonte" Valor Economico/Por Assis Moreira | De Genebra






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