Autoridades e empresários do setor portuário querem maior autonomia para as companhias docas para que o setor público possa acompanhar o crescimento da iniciativa privada.
Na mesa que abriu ontem o fórum Santos Export 2011, em Santos, os dois lados afirmaram que não há como compatibilizar a necessidade de expansão dos portos com a morosidade da burocracia.
"Levamos 577 dias para concluir uma licitação de arrendamento", disse José Roberto Serra, presidente da Codesp (Companhia de Docas de São Paulo).
Levantamento da consultoria RAmaral & Associados que aponta que na última década as sete companhias docas realizaram só 27,69% do orçamento autorizado e deixaram de investir R$ 3 bilhões foi citado pelo presidente da Santos Brasil, Antonio Carlos Sepúlveda, como consequência da falta de autonomia.
"A Petrobras é um exemplo muito positivo que conseguiu sair da lei 8.666 [Lei das Licitações] e consegue investir na velocidade necessária."
O estudo mostra que no período a Petrobras aproveitou 90,43% dos recursos.
O modelo brasileiro é o adotado no mundo inteiro, segundo o ex-ministro dos Portos e diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito.
Para ele, uma das principais diferenças, porém, é justamente a falta de autonomia.
Fonte: Folha
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