BRASÍLIA - A infraestrutura dos portos de Santos e do Rio de Janeiro para receber turistas durante a Copa do Mundo de 2014 só ficará pronta a tempo se os trabalhadores se dedicarem 24 horas por dia às obras projetadas pelo governo.
A constatação é do próprio governo. Segundo o ministro da Secretaria Especial dos Portos (SEP), Leônidas Cristino, o governo vai exigir, por meio de edital, que as empresas contratadas para realizar as obras em Santos e Rio tenham três turnos de oito horas por dia, com o propósito de cumprir o calendário do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao todo, o plano é construir, ampliar ou melhorar a estrutura de sete terminais de passageiros no país. Além dos portos de Santos e Rio, fazem parte da lista os portos de Fortaleza, Natal, Recife, Salvador e Manaus. O investimento total previsto para as obras deverá ficar entre R$ 900 milhões e R$ 1 bilhão.
Hoje Leônidas Cristino teve um encontro com o ministro do Esporte, Orlando Silva. Durante a reunião, debateram o andamento das obras e as necessidades de adaptação para acelerar a conclusão dos terminais.
O edital para contratar a empresa que fará as obras no porto do Rio já estava pronto, mas o governo decidiu recolhê-lo para incluir, entre as obrigações do fornecedor, uma cláusula que o obrigue a trabalhar durante todo o dia. Um novo edital deve ser publicado entre 30 e 45 dias, disse Cristino. No mesmo prazo deve ser publicado o edital para as obras em Santos.
Pela agenda do governo, cinco portos terão suas estruturas concluídas até o fim de 2013. Santos e Rio seriam entregues em abril de 2014 – praticamente no início da Copa – mas a SEP quer puxar o prazo para o mesmo planejado nos demais portos.
Com as obras concluídas, comentou Cristino, o país passará a ter capacidade de receber cerca de 25 navios de grande porte para passageiros, o que significa um incremento de aproximadamente 70 mil leitos.
Paralelamente, a SEP prepara a concessão do primeiro porto para a iniciativa privada. A construção do novo porto de Manaus será concedida por 25 anos para seu construtor, contrato que poderá ser renovado por mais 25 anos. O projeto é avaliado em aproximadamente R$ 1,4 bilhão e o leilão deverá ocorrer no próximo semestre.
(Fonte:Valor Econômico/André Borges)
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