Neste ano, em que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) completou 75 anos, a superintendência da autarquia homenageou funcionários que há 40 anos prestam serviços aos paranaenses. Segundo o superintendente Mario Lobo Filho, estes funcionários tornaram-se referência dentro dos portos paranaenses. “São pessoas por quem tenho muito respeito e que são importantes para os portos de Paranaguá e Antonina, pois acompanharam a evolução dos terminais e das cidades.”
Kozo Kawata, Dartagnan Gonçalves Lagos, Hamilton Roberto dos Santos, João Antonio Pereira, Lourimar Fioravanti Ribeiro, Mauro Portilho Marques, Nilson Viana e Roberto Santos atuam na Appa desde 1970 e vivenciaram a modernização dos terminais e a diversificação das cargas.
Nilson Viana, chefe de gabinete da superintendência, começou a trabalhar no porto com 20 anos, quando só havia 11 berços (hoje são 17 berços, além de um píer para inflamáveis e outro para líquidos). “É interessante perceber como o porto reflete o desenvolvimento econômico e industrial do Paraná. Quando comecei a trabalhar aqui, éramos um Estado basicamente agrícola. Hoje, somos líderes na exportação de grãos e temos participação importante no comércio internacional de carnes, couro, contêineres e veículos.”
MODERNIDADE – “Quando entrei no porto, estavam construindo o Corredor de Exportações (responsável pela exportação de grãos) e eu era operador de empilhadeira. Depois, fui escriturário e hoje sou fiel de armazém. Sou do tempo em que os caminhões descarregavam e carregavam o milho com um tipo de pá. Desde então, muita coisa mudou, tudo está mais moderno e fácil”, comparou Roberto dos Santos.
Lourimar Fioravante Ribeiro, também funcionário do armazém, completou que, antigamente, eram apenas movimentações de granéis. “Hoje, as cargas são diversas. Fui contratado com 26 anos e vivi uma vida inteira aqui no porto”, disse.
Segundo João Antonio Pereira, os avanços e melhorias no porto tiveram reflexo na história e, até mesmo, na geografia de Paranaguá. “A evolução que eu acompanhei foi impressionante. O armazém 11, por exemplo, não existia. Tudo aquilo era água, uma praia que existia. Várias profissões surgiram e muitas já foram até extintas.”
“Lembro que, quando entrei, não existiam silos no porto e o embarque era muito difícil. O presidente Médici veio até Paranaguá para inaugurar o nosso silão, de 100 mil toneladas, e a mudanças começaram por ai, porque antes não existia nem pátio de triagem e os caminhões passavam por dentro da cidade”, completou Mauro Portilho.
Fonte: Agência Estadual de Notícias(PR)
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