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Portuários decidem nesta quarta-feira se partem ou não para a greve

Os empregados da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) vão decidir hoje (10) se fazem operação padrão ou decretam greve. A decisão será tomada em assembleia na sede do sindicato. Os portuários, empregados da Codesp, têm data base em 1 de junho, porém, segundo a assessoria de imprensa do sindicato, até agora a companhia não apresentou nenhuma proposta de negociação. A categoria também contesta a forma como a empresa quer implantar o realinhamento salarial.

Segundo o presidente do Sindaport, Everandy Cirino dos Santos, antes da assembleia, o sindicato vai se reunir às 15h30 com a Codesp em mesa redonda na Gerência Regional do Trabalho. “Esperamos que a Codesp apresente alguma proposta durante a mesa redonda. Caso contrário, caberá à categoria decidir qual caminho irá seguir”, diz o sindicalista.

Everandy Cirino critica a forma como a Codesp vem conduzindo a atual Campanha Salarial. “Quem conhece um pouco da negociação salarial com a Companhia Docas deve lembrar que, pelo menos nos últimos 20 anos, a empresa sempre adotou uma conduta padrão quando o assunto era Campanha Salarial”, afirma.

Segundo ele, há anos a empresa segue o mesmo trâmite: convocava os sindicatos para reunião nas dependências da empresa; fazia uma ata formal da reunião e entregava o documento aos Sindicatos, mesmo quando não havia autorização de Brasília para propostas ou índices de reajustes; e na Codesp registrava em ata que o acordo estava formalmente prorrogado, aguardando sinalização dos ministérios ou órgão competentes de Brasília. Daí com o aval do Governo, reuniões de negociação eram realizadas até a formalização do acordo coletivo.

“No entanto, até agora, a Codesp não convocou os Sindicatos oficialmente para sequer uma reunião de negociação. O SINDAPORT por sua vez, tem respeitado e cumprido os prazos exigidos: enviou a pauta de reivindicação aprovada em assembleia pela categoria à Codesp e os ofícios solicitando formalmente a abertura das negociações. O que percebemos é que hoje quem está designado para tratar da negociação salarial não conhece os caminhos tradicionalmente percorridos nem os trâmites legais que devem ser cumpridos na relação capital x trabalho”, ressalta.

Fonte: Ascom Sindaport


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