Trabalhadores portuários avulsos do Porto de Santos iniciam a semana com mais tentativas para impedir a implantação do intervalo de 11 horas entre as jornadas de trabalho. Nesta segunda-feira, eles realizam uma passeata, às 8h30, com saída da sede do Órgão Gestor de Mão de Obra (Ogmo), na Avenida Conselheiro Nébias, 255, com direção à Prefeitura.
Já na terça-feira, às 14 horas, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) realiza audiência de tentativa de conciliação entre o Ministério Público do Trabalho (MPT), Sindicato dos Operadores (Sopesp) e os sindicatos dos Estivadores, Operários Portuários, Guindasteiros e Trabalhadores do Bloco. O objetivo é solucionar o impasse no Porto.
Desde o último dia 29 de maio, o Porto de Santos vive dias tensos em função dos problemas ocasionados na escalação de trabalhadores avulsos para os turnos a bordo. Portuários alegam que o sistema montado pelo Ogmo para atender a imposição do MPT apresenta falhas. Os trabalhadores também alegam que a escalação eletrônica não atende às determinações do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que disciplina a distribuição de serviço no cais e dificulta a dobra de jornada.
Protestos
No sábado, os trabalhadores se reuniram em assembleia e, logo depois, seguiram pelo cais em passeata com destino ao Posto 3 de escalação, na Ponta da Praia. Eles armaram uma barricada com madeira e pneus, interromperam o tráfego e ouviram o presidente licenciado do sindicato da categoria, Odinei da Silva, que falou da luta contra a parada de 11 horas.
O processo de implantação da nova jornada de trabalho ganhou novo capítulo na última sexta-feira, quando a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), que congrega os membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), requereu abertura de inquérito pela Polícia Federal, contra ameaças a membros da entidade. Os fatos, segundo a entidade, estão relacionados ao movimento dos trabalhadores portuários avulsos (TPAs), com as recentes interrupções de trabalho no cais.
(Fonte: A Tribuna On-line)
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