Categoria rebateu informação de que houve aumento de 30% no custo da praticagem, citado por armadores da cabotagem, durante período de seca
A Praticagem do Brasil negou ter havido aumento no custo de praticagem, da ordem de 30%, por conta da restrição de calado, durante o período de seca na Amazônia, apontado pela Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem em artigo recente. Em nota encaminhada à Portos e Navios, nesta segunda-feira (3), a praticagem afirma cobrar o mesmo valor pela manobra, independentemente do período de cheia ou vazante, e que o preço do serviço não foi reajustado em um centavo durante o período de seca.
Os práticos alegam que, ao contrário do sugerido, a categoria precisou incorporar o aumento na frequência e eficiência das sondagens dos rios para buscar passagens com mais água, assegurando um pouco mais de calado para os navios.
A Praticagem do Brasil acrescentou que, por solicitação dos armadores, a ZP (zona de praticagem) da Bacia Amazônica Ocidental ofereceu um serviço extra de sondagem na véspera da travessia, que possibilita encontrar pontos mais profundos para o navio atravessar mais carregado. A entidade ressaltou que as companhias de navegação têm a possibilidade de obter esse serviço de qualquer empresa no mercado.
A Praticagem do Brasil argumentou que existem armadores nesse mercado que cobram sobretaxas de seca de R$ 5 mil por TEU, chegando a R$ 15 milhões por embarcação. “Essa prática abusiva precisa ser objeto de fiscalização, avaliação e regulação por parte da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)”, apontou a entidade.
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O artigo "Estiagem na Amazônia: vale a pena ver de novo?", de autoria do diretor executivo da Abac, Luis Fernando Resano, publicado em maio, está disponível neste link.