O primeiro carro popular, que a Fiat fabricará na nova planta do complexo portuário de Suape a partir de 2014, vai conectar a mão de obra pernambucana com a mineira, de Betim e a italiana de Turim. A Fiat já desenvolve o protótipo do veículo que ocupará o lugar na faixa de mercado do Uno Mille, na velha carroceria. Fontes ligadas à montadora admitem que o impacto deste novo carro no mercado será bem parecido com o que foi provocado pelo recém-lançado Uno.
Amanhã, o presidente Lula e o governador Eduardo Campos vão falar do presente de Natal que ganhou Pernambuco. No dia 29, executivos da Fiat no Brasil garantem como quase certa a presença do número um da marca, Sérgio Marchionne, que virá especialmente da Itália para a cerimônia.
A fábrica de Suape junto com uma nova central de distribuição (já existe a da GM) e um centro de desenvolvimento de projetos utilizará a logística do porto e nascerá 35 anos depois da chegada da Fiat no mercado brasileiro. A planta será uma das mais modernas e automatizadas do grupo no mundo com capacidade de produção na fase inicial superior a 200 mil carros por ano.
Com investimentos de pouco mais de R$ 3 bilhões, saldo dos R$ 10 bilhões aprovados em setembro, pelo presidente mundial do grupo Fiat, Sérgio Marchionne, a unidade fabril promete ´produzir` profissionais dentro do estado. Como aconteceu com a Ford, em Camaçari, que deu preferência de contratação de profissionais da vizinhança.
Os empresários
As vantagens são inúmeras: geração de milhares de empregos, crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) local e um impacto de chegada incalculável. Mesmo assim, as três revendas da Fiat no Recife e Região Metropolitana - Fiori, Italiana e Via Sul - já aproveitam para entrar no clima da decisão.
O sócio-diretor da Via Sul, Paulo Figueirêdo Júnior, lembra que a planta mineira já está no seu limite de capacidade, atualmente de 800 mil veículos/ano e irá para 950 mil. ´É maravilhoso, principalmente porque comenta-se que a fábrica de Suape será um centro de exportação para outros países. É um presente de Natal`, comenta.
Bruno Schwanbach, diretor do grupo Parvi e presidente da Fiori, enxerga a melhora na qualificação dos produtos e no pós-venda. ´Nós teremos uma fábrica inteira desenvolvendo produtos voltados para o mercado local e muitos profissionais, como engenheiros mecânicos e industriais, que poderão nos dar mais atenção, com mais velocidade`, acredita Bruno.
"É maravilhoso, principalmente porque comenta-se que a fábrica de Suape será um centro de exportação para outros países" Paulo Figueirêdo Júnior, sócio-diretor da Via Sul.
Fonte: Diário de Pernambuco/Jorge Moraes e Taciana Goes
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