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Problemas de logística podem impedir avanço de multinacional americana no PIM

Logística precária para receber e exportar produtos  e o fornecimento igualmente precário de energia elétrica são gargalos

Dois obstáculos conhecidos pelos empresários amazonenses podem funcionar como um pedra no projeto da multinacional americana 3M de ampliar seus negócios no Polo Industrial de Manaus (PIM): logística precária para receber e exportar produtos  e o fornecimento igualmente precário de energia elétrica, o que não anima quem produz.

Na manhã da última quarta-feira (13) um comitê de executivos da 3M, incluindo o presidente mundial do grupo, George Buckley, esteve com o governador em exercício, José Melo, conversando sobre os benefícios de fazer negócios no Amazonas.

O diretor-presidente da 3M Manaus, Afonso Chaguri, explicou que a reunião, que durou pouco mais de uma hora, foi bastante importante para que os executivos compreendessem os benefícios de estar na Zona Franca. “Temos planos de dobrar a venda de produtos em cinco anos, e Manaus pode ser o palco para esse investimento”.

US$ 120 milhões

Atualmente, 4% do faturamento da multinacional são investidos nas fábricas no Brasil, o que representa aproximadamente U$ 120 milhões, e a projeção é passar a investir de 7% a 8% do faturamento no País. Só no Brasil, a 3M produz cerca de mil produtos, dos 50 mil fabricados em outros 59 países, com itens utilizados na área de saúde a comunicação gráfica.

Ao final da reunião Chaguri disse que a questão logística e de distribuição de energia elétrica são as questões que mais preocuparam os executivos. “Precisamos ter gás natural na porta da nossa fábrica e a energia elétrica aqui tem muitas interrupções durante o dia e a falta de logística também nos preocupa. Agora os executivos vão analisar tudo o que foi discutido”.

Avaliações

O secretário de Estado da Fazenda (Sefaz), Isper Abrahim, disse que o comitê da 3M questionou sobre o incentivo fiscal, taxa de desemprego e a mão-de-obra local e sobre o valor de terreno na Zona Franca.

O governador José Melo, justificou que o gás natural já está sendo utilizado em fábricas no PIM e que a instalação pode ser estendida à fábrica da 3M, disse que em dois anos estará em funcionamento o Linhão de Tucurui, que vai ligar o Amazonas ao sistema energético nacional, e que o Porto das Lajes e um outro porto próximo a Refinaria de Manaus(Reman) estarão prontos também em dois anos, assim que questões documentais forem resolvidas.

Fonte:Renata Magnenti - Jornal A Crítica


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