Um simulador que nunca havia sido utilizado no Rio Grande do Sul vem sendo testado no Porto de Rio Grande, no Sul do estado. O objetivo é facilitar o acesso de embarcações e diminuir risco de encalhes.
A necessidade do instrumento se deve pelo grande movimento de embarcações no local e o espaço reduzido para se passar entre os Molhes da Barra. A distância é de 750 metros, mas o espaço sem encalhar tem apenas 250 metros de largura, e a profundidade não chega a 13 metros. Em 2016, mais de 3,2 mil embarcações passaram pelo local, o que equivale à média de 8,8 navios por dia.
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A ideia é que o simulador auxilie na redução de custos e na segurança das manobras feitas pelas embarcações que chegam e saem da região. "Você pode fazer variação de visibilidade, de comportamento de neblina, de chuva. Você pode fazer o vento sofrendo uma rotação, variação de correnteza, variação de onda", exemplifica o engenheiro naval Fabiano Rampazzo.
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado a ter o simulador, que já é usado em São Paulo e no Rio de Janeiro. O projeto é do Arranjo Produtivo Local, liderado pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG), com financiamento do Estado e da Prefeitura de Rio Grande. Os práticos, que atuam nas manobras diárias do porto, já testam a novidade.
"O simulador é uma ferramenta muito importante porque a gente consegue auxiliar no treinamento de novos práticos, atualizar práticos antigos e experientes nas manobras do dia a dia e atualizar procedimentos no caso de uma manobra nova, em um terminal novo, em um tipo de navio novo", explica o prático Guido Cajaty.
O simulador deve ser utilizado na saída da plataforma P-74, em construção no estaleiro EBR, em São José do Norte. "Foi uma demanda apresentada pela indústria local e que tem condição de aumentar a competitividade da nossa indústria portuária como um todo, não só a indústria naval, mas toda a atividade portuária pode ser beneficiada por esse equipamento", observa o vice-reitor da Furg, Danilo Giroldo.
Fonte: G1