Se havia dúvidas de que o Vale do Itajaí trata mal o rio que lhe dá nome, a espantosa quantidade de detritos recolhidos durante a dragagem do canal de acesso do Porto de Itajaí é uma evidência disso. São surpreendentes 60 toneladas de lixo – pneus, ferragens e restos de móveis, fogões e geladeiras – retiradas a cada dois dias do fundo do rio, num volume que fez a empresa responsável pela operação ter cogitado desistir do trabalho. Embora possa se admitir uma discussão sobre a responsabilidade do poder público pelo déficit educacional que produziu tal situação, não resta dúvida que é na ação individual dos cidadãos que reside a causa do problema. Diante desta óbvia falta de consciência ambiental, resta à população – autoridades e comunidade em geral – valer-se desta radiografia do descaso para reverter quadro tão assombroso.
Fonte: Jornal de Santa Catarina
PUBLICIDADE