Após anunciar a aquisição de 41% do complexo Tecondi, que compreende o Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), a Termares (armazém alfandegado) e a Termlog (de transporte e logística), no porto de Santos, o grupo EcoRodovias divulgou sua expectativa para o desempenho em 2012, antes de as sinergias serem captadas.
A receita líquida do complexo deve atingir R$ 512 milhões no ano, alta de 10% em relação a 2011. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve aumentar de R$ 158 milhões para R$ 179 milhões, enquanto a margem Ebitda deve crescer ligeiramente, de 34% para 35%, em igual intervalo de comparação.
Em teleconferência com analistas realizada ontem, o diretor-presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras, revelou que a empresa pretende investir cerca de R$ 130 milhões nos próximos dois anos no complexo. A ideia é aumentar tanto a produtividade quanto a capacidade do terminal.
Depois dos 310,5 mil contêineres de 2011, o complexo Tecondi deve movimentar 320 mil contêineres neste ano e outros 350 mil, no próximo. Os números projetados não levam em consideração a compra de equipamentos nem sinergias com áreas retroportuárias.
Conforme adiantado pelo Valor, o grande atrativo da compra do complexo foi a região em que o Tecondi está localizado, porque contíguo a ele existem três áreas cujos contratos estão terminando. Seras reiterou não apenas o interesse do grupo nessas áreas, mas também nas licitações de terminais portuários a serem promovidas pelo governo federal.
O grupo EcoRodovias comprou 41% de participação no Tecondi por R$ 540 milhões. A negociação inclui a opção de compra dos 59% restantes em um ano, mas a estratégia é assumir o controle até o fim de 2012.
A empresa também promoveu alterações em suas diretorias. Luís Augusto de Camargo Opice deixa a presidência da Elog - empresa de logística do grupo - para ocupar a vice-presidência do complexo Tecondi. Já o diretor de relações com investidores da EcoRodovias, Roberto Koiti Nakagome, renunciou ao cargo para assumir como diretor-presidente da Elog e foi substituído por Marcello Guidotti, atual diretor de finanças da Ecorodovias, que acumulará as duas funções.
Fonte: Valor Econômico/Por Beatriz Cutait e Daniela Meibak | De São Paulo
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