Empreendimentos no Porto do Pecém, como refinaria e siderúrgica são preocupações antigas. Depois de vários projetos diferentes, os cearenses começam a vislumbrar algumas garantias de que as obras serão concluídas no prazo
Estruturar o Porto do Pecém para receber os grandes empreendimentos do Estado é uma preocupação que surge no final da década de 1990. O Ceará era governado pelo ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).
Em matérias publicadas pelo O POVO entre novembro e dezembro de 1999, políticos e economistas defendiam a estruturação do Porto. Na época, a Procuradoria Geral da República questionava possíveis improbidades contidas no licenciamento ambiental das obras do Complexo Portuário do Pecém. No entanto, as obras continuaram.
O então procurador geral do Estado, Djalma Pinto, explicou que o Porto do Pecém estaria devidamente licenciado e autorizado e o Estado não poderia se responsabilizar pelas autorizações ambientais das empresas que viriam a se instalar nas imediações do porto. Foi estabelecido que cada uma delas precisaria apresentar seus licenciamentos ambientais.
Na época, a pretendida Refinaria do Nordeste (Renor) e a siderúrgica encabeçada pela Companhia Siderúrgica Nacional (com 51% de participação) e pela norte-americana Nuccor Steel estavam previstas para começar em 2009 ou 2010. Projetos que até hoje ainda estão em fases iniciais.
Faltou vontade política? Analistas acreditam que não. A grande defesa é que os dois períodos são de movimento econômico e político diferentes.
Ao longo do tempo, novos projetos de refinarias e siderúrgicas foram pensados para o Estado. A atual refinaria que está sendo construída no Complexo Portuário do Pecém, a Premium II, está em fase de estudos de sondagem do terreno, que deverão ficar prontos em abril deste ano. O processo vai servir de base para a terraplenagem. As obras devem começar no final deste ano.
Os empreendimentos poderão mudar o perfil industrial do Estado, segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Eloísa Bezerra. “O que se espera é que este crescimento venha acompanhado de uma melhora nas condições de vida da população, sobretudo a de menor poder aquisitivo”.
(Fonte: O Povo Online/Teresa Fernandes)
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