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Rio Grande sobe na escolha do empresariado

Desenvolvimento coloca a cidade entre as três principais para fazer investimentos no Rio Grande do Sul
O polo naval que está sendo constituído em Rio Grande já favorece outros setores da economia do município. Esse fato não está passando despercebido pelos empreendedores que apontam o local como uma das três principais cidades gaúchas mais interessantes para fazer investimentos, conforme a pesquisa A Voz do Empresário Gaúcho 2010.
O diretor da QualiData Pesquisas e Conhecimento Estratégico (organização responsável pelo levantamento), Paulo Rogério Di Vicenzi Rodrigues, informa que foram ouvidos 368 empresários, sendo que cada um mencionava três cidades. Foram citados no total 74 municípios. Rio Grande, com 22% da preferência, ficou atrás apenas de Caxias do Sul (primeira colocada) e de Porto Alegre.
Rodrigues destaca que Rio Grande subiu sete pontos percentuais em relação à pesquisa realizada em 2009. E essa é uma constante desde 2006, quando o município encontrava-se na 10ª posição do ranking, empatado com Passo Fundo, com 7% das referências.
Empresários e políticos rio-grandinos são unânimes em apontar o polo naval como fator que desencadeia essa evolução da economia do município. Em palestra realizada no final do ano passado, na Pucrs, em Porto Alegre, o professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) Flavio Tosi Feijó enfatizou os reflexos desse cenário. Os setores mais intimamente ligados à atividade naval (siderurgia, metalmecânico, material elétrico e eletrônico, madeira e mobiliário, químicos e transportes) poderão gerar, de 2010 a 2024, cerca de US$ 26 bilhões em termos de bens e serviços com o polo naval gaúcho. De acordo com Feijó, ainda existe a perspectiva da criação de mais de 700 mil empregos diretos e indiretos, através do efeito multiplicador no Rio Grande do Sul.
“Realmente, o polo naval terá um impacto em toda a economia estadual”, projeta o secretário municipal para assuntos extraordinários com foco na área de desenvolvimento do Rio Grande, Gilberto Pinho. Ele relata que para adiantar as soluções para as demandas que serão geradas na cidade devido a esse crescimento, todas as terças-feiras um grupo de trabalho, formado por agentes da prefeitura e da sociedade local, reúne-se para debater temas de infraestrutura. Entre os assuntos discutidos estão: capacitação profissional, habitação, saúde, educação, segurança e trânsito. Sobre esse último item, Pinho diz que a frota de veículos de Rio Grande saltou, de 2004 até esse ano, de 42 mil para 78 mil.
Entre os empreendimentos que estão sendo conduzidos no município, como reflexo do desenvolvimento da economia, o secretário cita a implantação de dois hotéis (com cerca de 180 leitos cada um), um hospital e um mercado do Carrefour com 16 mil metros quadrados de área. O empresário Luiz Carlos Hilário é um dos responsáveis por um dos novos projetos hoteleiros que está sendo feito na cidade. O Hotel Villa Moura Executivo, que ficará localizado na zona central do município, está em fase de acabamento e deve começar a receber hóspedes a partir de 2011. O prédio terá 12 andares de altura e um investimento de cerca de R$ 6 milhões.
Projetos do Polo naval começam a ser implementados no município
Duas plataformas de extração de petróleo, encomendadas pela Petrobras, já agitam o polo naval do Rio Grande. O secretário municipal para assuntos extraordinários com foco na área de desenvolvimento, Gilberto Pinho, lembra que a montagem da plataforma P-55 começou e gera atualmente cerca de 500 empregos. Posteriormente, será iniciada a implementação da P-63.
Na semana passada, outra notícia positiva foi a assinatura de carta de intenções em que a Petrobras autorizou a Engevix Engenharia a tomar providências, incluindo algumas contratações, para a construção de oito cascos de FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo). As unidades serão construídas no dique seco da empresa WTorre e a intenção é que os complexos operem na área do pré-sal da Bacia de Santos.
Outro fato marcante neste ano será a inauguração oficial do dique seco da WTorre, grupo que também construirá mais de 2,3 mil unidades habitacionais no município. Soma-se a esses projetos o estaleiro que a Wilson, Sons instalará nos próximos anos. Essa estrutura deve absorver um investimento de cerca de US$ 60 milhões. Outro complexo que deve ser implementado é uma unidade de processamento de aço da empresa Metasa, que deve receber um investimento de aproximadamente R$ 370 milhões.
O presidente da Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande, Paulo Somensi, salienta que o polo naval implica instalação de vários sistemistas. Ele argumenta que cidades próximas, como Pelotas, serão beneficiadas com os investimentos que serão realizados.
Além dos hotéis citados por Pinho, Somensi revela que a rede Ibis planeja instalar uma unidade na cidade. Antigamente havia uma evasão de mão de obra na região e agora esse fluxo inverteu. O município do Rio Grande conta hoje com cerca de 200 mil habitantes e a estimativa é de que nos próximos dez anos o número chegue a 300 mil.
Porto do Rio Grande conta com R$ 145 milhões
Em reunião realizada na semana passada, em Brasília, o superintendente do Porto do Rio Grande, Jayme Ramis, e o diretor administrativo e financeiro, Jesus Carrasco, receberam a informação de que o porto gaúcho foi contemplado no Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) com duas grandes obras e outros projetos. A notícia foi dada pelo ministro da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, e os investimentos deverão chegar a R$ 145 milhões.
Entre os projetos que receberão investimentos em Rio Grande está o aprofundamento do Porto Novo (canal e bacia de evolução) e do acesso ao Canal do Norte de 10 metros para 14 metros. A obra que deve se iniciar em julho de 2011 levará um ano para ser concluída e demandará investimento de R$ 110 milhões. A estimativa é de dragar 10 milhões de metros cúbicos de sedimentos numa extensão de aproximadamente 7,5 quilômetros. Esses recursos não compreendem o investimento que está sendo feito no momento para aumentar o calado da área do superporto rio-grandino.
A outra obra diz respeito à terceira etapa de modernização do cais do Porto Novo. A primeira etapa, de 450 metros, foi executada pelo governo do Estado. A segunda, que contempla 1.125 metros de cais, está em processo de licitação pela Secretaria Especial de Portos, com previsão de início para este ano. Agora está em pauta a terceira e última etapa correspondente à modernização dos 300 metros restantes do cais do Porto Novo, localizados na ponta Sul.
A obra terá investimentos de R$ 35 milhões, com previsão de início em junho de 2011 e conclusão em dezembro de 2012. Com isso, o Porto Novo terá uma extensão de 1.875 metros de cais modernizado. Além disso, Rio Grande foi escolhido entre os principais portos brasileiros para receber parte dos R$ 501,3 milhões projetados no PAC 2 na área de “Inteligência Logística”, que é um conjunto de sistemas que visa a otimizar e desburocratizar as operações portuárias.

Fonte: Jornal do Commercio (RS)/Jefferson Klein


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