MANAUS – O rio Negro está a pouco menos de meio metro da cota de emergência, em Manaus, 28,94 metros. Na última sexta-feira (8), o rio atingiu 28,55 m, 16 centímetros acima do registrado no mesmo período do ano passado, quando a cidade enfrentou a quinta maior cheia da história. Em Roraima, o rio Branco, um dos principais tributários, está em processo de cheia. E o Solimões, cuja situação influencia o nível das águas em Manaus, está em processo de subida e levando os municípios da calha à Situação de Emergência. As informações são boletim de monitoramento hidrológico semanal, divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
As bacias do Javari, Juruá e Purus entraram em vazante. Em Humaitá, o rio Madeira também está recuando, mas com níveis ainda elevados. Na data da medição realizada pelo CPRM, na quinta-feira (7), o rio media 22, 51 metros. Ano passado, a cidade localizada no Sul do Amazonas enfrentou a maior cheia da história, quando o Madeira alcançou 25,63 metros no dia 11 de abril.
Coari decreta emergência e está próximo de cheia histórica, no Amazonas
No Porto de Manaus, local onde o nível do rio Negro é monitorado, ele aponta 28,55 metros. Desde o dia 01 deste mês de maio até a data da medição, ele subiu 52 centímetros (cm). Uma média de 6,5 cm por dia. Se continuar neste ritmo, em menos de uma semana ele atingirá a cota de emergência. O rio Branco começou a encher, mas ainda apresenta níveis baixos. Nesta segunda-feira (4), ele media 10,68 m.
Na bacia do Solimões a situação continua crítica. Nove dos 20 municípios em situação de anormalidade por causa da cheia estão localizados nesta região. Em Tabatinga a cheia de 2015 já é a segunda maior da história e a apenas sete centímetros de alcançar a maior cheia, ocorrida em 1999, quando ele chegou a 13,82 m. A enchente está avançando sobre as cidades a jusante da bacia e se dirigindo à Manaus, onde o Solimões encontra as águas do Negro e forma o rio Amazonas.
Em Manacapuru o nível está a 22 centímetros de atingir a cota de emergência, 19,83 metros. O monitoramento do Solimões é importante para a capital, pois ele tem a capacidade de represar o Negro e elevar o nível das águas na capital.
Na bacia do rio Amazonas, as estações monitoradas também estão em processo de enchente. Em Parintins, o nível do rio está a 19 centímetros da cota de emergência, 8,82 metros.
Fonte: Portal Amazônia
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