A safra de café de 2024 no Brasil encerrou com uma produção estimada em 54,2 milhões de sacas de 60 kg, conforme divulgado pela Conab. O volume representa uma queda de 1,6% em relação a 2023, refletindo os impactos de condições climáticas adversas, como estiagens, altas temperaturas e geadas, que afetaram a produtividade média das lavouras. Apesar disso, houve um crescimento de 3,3 milhões de sacas em comparação a 2022, último ano de alta bienalidade.
A área destinada à cafeicultura totalizou 2,23 milhões de hectares, com produtividade média nacional de 28,8 sacas por hectare, queda de 1,9% frente à safra anterior. Minas Gerais, principal estado produtor com 52% da produção nacional, registrou 28,1 milhões de sacas, 3,1% abaixo do volume de 2023, devido à falta de chuvas e altas temperaturas.
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Entre as espécies, o arábica alcançou 39,6 milhões de sacas, com aumento de 1,8% em relação a 2023, impulsionado pelo ciclo de bienalidade positiva, apesar dos desafios climáticos. Já o conilon teve queda de 5,9% na produtividade, resultando em 14,6 milhões de sacas, com o Espírito Santo contribuindo com 9,8 milhões, uma redução de 3,1%. Rondônia também sofreu impacto climático, registrando apenas 2 milhões de sacas, uma queda de 31,2% em relação à safra anterior.
O Brasil exportou um recorde de 50,5 milhões de sacas em 2024, alta de 28,8% frente ao ano anterior, com receita de US$ 12,3 bilhões, um crescimento de 52,6%. A valorização internacional do café, o câmbio favorável e adversidades climáticas em outros países produtores contribuíram para os preços elevados.