A seca prolongada tem diminuído e muito o nível dos rios de Mato Grosso. No rio Paraguai, que nasce em Chapada dos Pareci e passa pelas cidades de Porto Estrela, Barra do Bugres e Cáceres, já sofre. O rio é um importante canal de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso e também atrai muitos turistas por conta das belezas naturais e presença farta de peixes. Segundo informações da Agência Fluvial de Cáceres, há pontos no rio que não ultrapassam os 50 centímetros de profundidade.
Em épocas normais, o rio atinge picos de quase seis metros. É o que confirma o capitão Garcia. “O nível do rio está bem baixo e a navegação segura requer cuidados. Já são visíveis os bancos de areia e pedaços de árvores ao longo do rio”, confirma.
Embarcações de grande porte são obrigadas a fazer um verdadeiro ziguezague para percorrer o rio. Apenas pequenas embarcações se locomovem com tranquilidade, mesmo em locais com profundidade reduzida.
Um setor que sofre junto com o rio é o turístico. Os barcos-hotéis que desatracavam com grande intensidade reduziram o ritmo. Em Cáceres (distante 224 quilômetros de Cuiabá) existem pontos que têm impedido a navegabilidade dessas embarcações. Para o presidente da Associação Ambientalística e Turística e Empresarial (Asatec) da cidade, Cairo Bernardino da Costa, a situação é um alerta para tempos piores. “Existem pontos que podem vir a dar problemas por conta dessa estiagem”, aponta o presidente.
Para minimizar o dano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) contratou uma empresa especializada em aumento da calha de rios. A empresa, sediada no município de Corumbá (MS), fará a dragagem das regiões críticas do rio Paraguai. A areia retirada do fundo do rio será remanejada para outros pontos. Os serviços devem começar no final deste mês. Até lá, oito balsas que faziam o transporte de soja ainda ficarão atracadas no porto de Cáceres até que a situação do rio mude.
NO CUIABÁ – Mesmo com a vigência do período ideal para a retirada dos destroços da chalana Semi To a Toa do rio Cuiabá, acidentada em março de 2008 no rio Cuiabá, a Marinha ainda vai atrasar um pouco mais o processo.
Isso porque, aguarda da empresa contratada para fazer o trabalho documentação e informações sobre a sinalização do local, em Porto Cercado, Poconé, onde o barco se encontra. Não há previsão para que o içamento ocorra.
Fonte: Diário de Cuiabá/DHIEGO MAIA
PUBLICIDADE