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Secretário dos Transportes defende novos projetos para atender logística do Paraná

“A logística de transporte remete à discussão de um projeto amplo que integre os diferentes modais: rodoviário, aeroviário, marítimo e ferroviário. Cada um deles, com sua especificidade, concorre para o desenvolvimento do Paraná. No caso das rodovias, nos últimos oito anos, o Governo do Paraná investiu na restauração e conservação das estradas estaduais. A economia paranaense cresceu e mudou o perfil do tráfego nas principais vias de acesso aos grandes centros e ao Porto de Paranaguá. Há mais cargas e os veículos estão mais pesados e mais potentes”. A afirmação foi feita nesta terça-feira (07) em Brasília pelo secretário dos Transportes Mario Stamm Junior ao participar de reunião com técnicos do Ministério de Transportes.

Destacando os principais eixos rodoviários do Paraná, administrados pelas concessionárias de pedágio, Stamm lembrou que essas estradas, que formam o principal eixo de circulação de veículos do Paraná, representam dez por cento das estradas pavimentadas. “Questões contratuais atrasaram as obras previstas: duplicação de pistas, terceiras faixas, vias marginais, intersecções e contornos, e para resolver os gargalos logísticos, a solução é antecipar as duplicações das rodovias, previstas nos contratos, e negociar uma redução tarifária”.

NOVOS TRECHOS - Na outra parte da malha rodoviária fora do eixo das estradas pedagiadas, ainda há importantes ações a serem implementadas, de acordo com o secretário estadual dos Transportes. “É o caso da construção da BR-101, a Rodovia Translitorânea no Paraná. A BR-101, que inicia em Touros (RN), é interrompida quando chega ao Paraná, e volta a existir apenas em Garuva (SC). O trecho que precisa ser construído vai de Garuva à Variante do Alpino, passando por Antonina, Matinhos e Cubatão (SP)”. Também integra o planejamento estratégico do Governo do Estado a conclusão da Estrada Boiadeira (BR-487), ligação histórica do Mato Grosso do Sul com o Porto de Paranaguá, mediante a pavimentação de trechos no território paranaense.

“Existe ainda a necessidade da construção de novos trechos na BR-153 (Alto do Amparo-Imbituva e Paulo Frontin-Paula Freitas) e a recuperação da BR-163 entre Barracão e Guaíra. Outra medida a ser tomada é a implantação da ligação Lapa-Quitandinha”, afirma Mario Stamm. Os projetos de modernização das rodovias paranaenses devem considerar ainda a implantação do acesso de Tunas do Paraná à BR-116, além da retomada das obras de restauração e duplicação da BR-469, no trecho entre Ponte Tancredo Neves, na divisa do Brasil com a Argentina, até a entrada do Parque Nacional do Iguaçu.

A radiografia do sistema rodoviário estadual, no entender de Mario Stamm, aponta para outras obras necessárias, como a construção da segunda ponte binacional ligando Foz do Iguaçu ao Paraguai, implantação e pavimentação da BR-373 (Marmeleiro-Coronel Vivida); duplicação da BR-277 entre Medianeira e Cascavel e entre Cascavel e São Luiz do Purunã.

A duplicação da BR-376 entre Mandaguari e Apucarana, e a duplicação das rodovias entre Maringá e Cascavel são outros projetos em estudo na Secretaria dos Transportes, assim como a construção da ponte sobre a Baía de Guaratuba (parte da rodovia Interportos). “Neste contexto também devem ser consideradas intervenções no sistema rodoviário da Região Metropolitana de Curitiba, entre elas a duplicação de rodovias e implantação e restauração de alguns trechos”, concluiu Mario Stamm.

FERROVIAS - O sistema ferroviário, lembra Mario Stamm, com vocação para o transporte de cargas de baixo valor agregado, tem importante participação no modal paranaense (25%), com duas empresas operando no sistema: a Ferroeste, empresa pública, com a estrada de ferro entre Cascavel e Guarapuava, e a América Latina Logística (ALL), empresa privada que opera a malha Sul (PR, SC, RS), com ligação também com o Estado de São Paulo. A malha ferroviária paranaense exporta grãos (soja, milho, trigo), combustíveis, farelos, insumos agrícolas, adubos fertilizantes, cimentos e contêineres.

Entre as necessidades para o setor ferroviário, o secretário detecta a urgência de construir uma nova variante ferroviária desviando o tráfego de trens da área urbana de Curitiba. “Também é inadiável a implantação de novo trecho ligando Guarapuava a Paranaguá, eliminando o gargalo nesse trecho, com traçado alternativo, e transpondo a Serra do Mar até o Porto de Paranaguá”.

A ligação Guarapuava-Porto de Paranaguá aumentaria a capacidade de transporte das ferrovias paranaenses e viabilizaria a construção dos novos ramais ligando Cascavel a Guaíra e, daí, a Novo Mundo (MS) a Maracaju (MS), concessão da Ferroeste. Essa ligação permitirá o escoamento por trem da produção agrícola de uma das maiores fronteiras do agronegócio do país, o Mato Grosso do Sul. A ligação Cascavel-Guaíra, lembra Stamm, já tem o projeto de engenharia finalizado, faltando atualização.

A extensão do ramal da Ferroeste entre Cascavel e Foz do Iguaçu servirá de alternativa para as exportações paraguaias pelo Porto de Paranaguá. O Paraguai, atualmente utiliza os portos da Argentina e do Uruguai para escoar sua produção. Outro projeto que está em análise na Secretaria dos Transportes é a instalação de um trem de passageiros no eixo Londrina-Maringá, com estudos prévios da viabilidade econômica realizados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, acrescenta o secretário.

NOVOS TERMINAIS MARÍTIMOS - Os dois portos marítimos do Paraná, Paranaguá e Antonina, são gerenciados pelo Governo do Estado e estão entre os mais importantes terminais brasileiros e da América Latina. A movimentação de toneladas chegou a 36 mil em 2009. Os principais produtos movimentados são congelados, farelo de soja, óleo vegetal, milho, açúcar, veículos, madeira e algodão, de acordo com dados da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina.

Entre as intervenções detectadas pelo secretário dos transportes para melhorar o desempenho do Porto de Paranaguá está a necessidade de modernização do Corredor de Exportação com equipamentos de maior capacidade de operação. A construção de um silo público graneleiro e de um terminal de passageiros também fazem parte dos planos de desenvolvimento portuário.

O Porto de Antonina (Barão de Teffé), com limitações de recepção de navios de grande porte, necessita no entender de Stamm, de serviços de manutenção de dragagem e aprofundamento dos canais de acesso, além de remodelação e ampliação do cais. Ainda em Antonina está instalado o Terminal Portuário da Ponta do Félix, operado pela iniciativa privada, com cais de 360 metros, que permite a atracação de dois navios simultaneamente.

O terminal privado movimenta carnes congeladas. A Baía de Paranaguá ainda oferece condições para a construção de novos terminais marítimos, como em Pontal do Paraná, na Ponta do Poço, com estudos já iniciados e também em Imbuguaçu, a oeste do cais de Paranaguá.

AMPLIAÇÃO DE AEROPORTOS - O Paraná possui a quarta melhor infraestrutura aeroportuária do país, garantiu Mario Stamm. Entre as obras mais importantes para o desenvolvimento do setor no Estado está a construção da nova pista do aeroporto Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba. O objetivo é a recepção de aeronaves de grande porte. Para isso é necessário construir uma nova pista com 3.400 metros com a ampliação dos terminais de carga e de passageiros.

São também necessárias obras de ampliação da pista em 600 metros no Aeroporto de Londrina, um dos maiores aeroportos domésticos do Sul do Brasil, assim como a instalação do equipamento de navegação aérea ILS-2. Em Maringá, o aeroporto municipal necessita de ampliação da pista e do pátio de aeronaves e ainda do terminal de passageiros e de carga doméstica e internacional.

Outros investimentos devem ser feitos no Aeroporto de Cascavel, como a ampliação da pista para pousos e decolagens e a implantação de um terminal de passageiros. O Aeroporto de Foz do Iguaçu precisa de ampliação em seu terminal de passageiros e de melhoria geral na infraestrutura. O município de Ponta Grossa demanda a construção de um novo aeroporto para atender a região dos Campos Gerais, como foco na movimentação internacional de cargas, finaliza Mario Stamm.

Fonte: Agência Estadual de Notícias

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