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Sem parar as atividades, portos tomam medidas para evitar a proliferação da Covid-19

Embora continuem operando, os portos brasileiros têm alterado suas rotinas devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A fim de evitar a contaminação e proliferação do novo vírus, os portos estão tomando uma série medidas preventivas junto aos colaboradores. Por determinação do Governo Federal os portos foram considerados atividades essenciais, por isso não pararam suas atividades.

A Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) afirmou, por meio de nota, que o funcionamento dos portos sob sua administração, Rio de Janeiro, Itaguaí e Niterói e Angra dos Reis, está sendo priorizado para que não faltem produtos essenciais à população em razão da pandemia. Porém, alguns cuidados estão sendo tomados para garantir a prevenção da doença.

O primeiro passo foi a atualização do Plano de Contingência e Emergência dos Portos do Rio de Janeiro. Desde o início da pandemia que o Plano foi ativado e vem sendo atualizado para dar respostas mais padronizadas ao conjunto dos portos da Companhia. Outras medidas dizem respeito às barreiras sanitárias como a limpeza dos portões de acesso e dos espaços coletivos. Foram instalados ainda distribuidores de álcool em gel em lugares estratégicos dos portos.

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Para evitar o contato entre os funcionários, a CDRJ determinou home office para trabalhadores que chegaram do exterior e para funcionários do grupo de risco. Além disso, foram suspensas viagens a trabalho, bem como reuniões presenciais, treinamentos e visitas técnicas. Parte dos funcionários recebeu férias antecipadas.

Terminais arrendados dos Portos do Rio de Janeiro e Itaguaí também estão aferindo a temperatura dos seus próprios funcionários.

O Porto do Pecém (CE) também instalou termômetros corporais nas entradas dos portões de acesso. Além disso, medidas de higienização diárias estão sendo feitas nos ônibus utilizados pelos colaboradores.

Para evitar o contato maior entre os trabalhadores, o Pecém adotou o sistema de revezamento para aqueles que são portadores de doenças crônicas, diabéticos e portadores de neoplasias.

Também houve mudança nas operações. Os serviços de descarregamento das mercadorias nos armazéns passam a ser restritos ao período diurno (até as 17h), com prioridade para o descarregamento de alimentos e produtos médicos e hospitalares. Durante as operações os profissionais, incluindo os motoristas, devem usar obrigatoriamente luvas e máscaras descartáveis.

No Porto de Suape (PE) os caminhoneiros que carregam as mercadorias do porto à cidade estão recebendo álcool em gel. O Suape disponibilizou o produto para o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas do Estado de Pernambuco (Sintracape).

Com o objetivo de evitar aglomerações, o porto suspendeu a biometria para acessar o porto e reduziu a circulação das pessoas nas áreas de convivência próximas às embarcações, pátios e corredores. Também vem realizando o reforço da higienização dos ônibus que transportam os funcionários.

Cada elevador do Suape passou a atender a um andar específico e cada andar tem um ambiente específico para alimentação para preservar o distanciamento social entre os colaboradores.

O Porto do Itaqui (MA) criou um Comitê preventivo para a Covid-19 e outras infecções respiratórias. As primeiras ações do Comitê foram a instituição do trabalho remoto para grávidas, pessoas com idade acima dos 60 anos e portadores de doenças crônicas. O home office foi ampliado ainda para os setores administrativos. Além disso, os funcionários que voltaram de férias ou apresentaram sintomas de gripe foram orientados a permanecerem em casa.

Desde o dia 30 de janeiro, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou estado de emergência de saúde pública que o Porto de Santos vem atuando na prevenção do coronavírus. No dia seguinte, 31 de janeiro, o Plano de Contingência em Saúde foi acionado para o atendimento do atual momento de crise.

Foi criado também um grupo interdisciplinar de profissionais do porto para atuar de forma alinhada com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ao longo desse tempo, o Porto de Santos providenciou também panfletos com recomendações de saúde para serem distribuídos entre os funcionários; compra de equipamentos de proteção individual e de produtos alternativos ao álcool em gel quando a reposição deste estiver em falta no mercado.

O home office também foi instituído para profissionais que chegaram de viagem, para aqueles que se encontram em grupo de risco, bem como para os profissionais que tenham outras necessidades de ausentar-se do local de trabalho.

O superintendente do Porto de Itajaí (SC), Marcelo Werner Salles destacou a existência eminente do risco, tendo em vista que nas atividades portuárias sempre há a grande circulação de pessoas, incluindo de caminhoneiros que vêm de outras regiões. Porém, ele afirmou que no atual momento existe a necessidade de não provocar o desabastecimento. Para ele, caso isso aconteça, a situação do país poderia ser ainda mais agravada.

Portanto, Salles ressaltou que o porto, para não parar, vem tomando todas as medidas preventivas sugeridas pelos órgãos de saúde como evitar que pessoas do grupo de risco fiquem próximas dos demais profissionais.



Yanmar

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