Com 653,7 milhões de toneladas, o setor aquaviário registrou no primeiro semestre de 2025 crescimento de 1,02% na movimentação de cargas, em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados, do Painel Estatístico da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), foram divulgados nesta quarta-feira (13). Segundo a agência, foi o maior volume para primeiros seis meses do ano desde o início da série histórica, em 2010. Além disso, a movimentação de junho, de 120,4 milhões de toneladas, foi recorde para o mês.
De acordo com a Antaq, a alta foi puxada principalmente pelas cargas conteinerizadas e por granéis sólidos, que também atingiram o maior patamar desde 2010. No caso dos contêineres, a movimentação atingiu 78,1 milhões de toneladas, com aumento de 6,17%. Do total, 53,7 milhões de toneladas foram movimentadas em operações de longo curso, 23,7 milhões na cabotagem e 700 mil toneladas em navegação interior e de apoio portuário. Em TEUs, a movimentação de contêineres foi de 7,3 milhões. No ano passado, esse perfil de carga teve alta de 22,72% e também foi recorde.
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Já de granéis sólidos, que representaram 59,2% de tudo o que foi movimentado pelos portos brasileiros, foram 387,1 milhões de toneladas de cargas, com crescimento de 0,7% frente ao primeiro semestre de 2024. E em cargas gerais, que cresceram 5,21% no período, a movimentação atingiu 31,7 milhões de toneladas, enquanto nos granéis líquidos houve recuo de 1,4%, com 156,8 milhões de toneladas.
Os portos públicos mantiveram o mesmo patamar de movimentação do primeiro semestre de 2024, chegando a 231,5 milhões de toneladas nos primeiros seis meses deste ano, com queda de 0,53%. Entre os 20 portos públicos com mais movimento, o com maior crescimento percentual no semestre foi o Porto do Rio de Janeiro (RJ), que, cresceu 24,9%, com 8,4 milhões de toneladas. Já pelo Porto de Itajaí, em Santa Catarina, que retomou as operações em maio de 2025, passaram 1,7 milhão de toneladas.
Por mais um ano consecutivo, o porto de maior movimentação no semestre foi o de Santos. Com 67,9 milhões de toneladas, ele foi responsável por 10,4% de toda a movimentação portuária dos primeiros seis meses do ano, mas com recuo de 1,09% em relação ao mesmo período de 2024.
Os terminais de uso privado (TUPs) registraram 422,3 milhões de toneladas movimentadas no primeiro semestre de 2025, o que representou aumento de 1,88% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Terminal Marítimo Ponta Ubu (ES), no Espírito Santo, foi o com maior crescimento na movimentação, com 7 milhões de toneladas e alta de 50,66%. E o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão, o que registrou o maior volume de cargas movimentadas, com 75,2 milhões de toneladas e crescimento leve de 0,59%.
Os destaques percentuais entre as mercadorias movimentadas foram os fertilizantes, com mais 13,65% e 20,9 milhões de toneladas, o enxofre, cuja alta foi de 10,76% e teve 1,2 milhão de toneladas movimentados, e a pasta de celulose, com aumento de 9,12% e 12,5 milhões de toneladas. Em tonelagem bruta, destacaram-se o minério de ferro, com 190,5 milhões de toneladas (+2,5%), seguido pelo óleo bruto de petróleo, com 104,1 milhões toneladas (+0,62%) e a soja, com 93 milhões movimentados (+5,2%).
Segundo os dados divulgados pela Antaq, a navegação interior movimentou 44,3 milhões de toneladas, com crescimento de 2,37%, as cargas de longo curso chegaram a 463,6 milhões e cresceram 2,01%, enquanto a cabotagem teve queda de 1,95% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, com 144,8 milhões de toneladas.