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Yanmar

Sob outro ângulo


Estudo aponta possibilidade de ampliar produtividade de terminais pelo fluxo de veículos e equipamentos - Um estudo aponta a possibilidade de ampliar a produtividade de terminais de contêineres a partir da organização do fluxo de veículos e equipamentos no cais. O trabalho alerta que, na tentativa de aumentar a quantidade de movimentos realizados em uma mesma hora e reduzir o tempo ocioso, pode haver erros na alocação excessiva dos recursos e equipamentos de pátio. O professor, engenheiro e especialista em análise operacional Dennis Caceta, autor do trabalho, explica que essa ação onera diretamente a operação total, devido ao aumento dos custos agregados, além de criar gargalos internos que prejudicam o resultado final.

O trabalho consiste num modelo teórico para simular a maximização da produtividade de cais, para um terminal de contêineres, através da correta alocação dos equipamentos de pátio. O autor diz que o estudo trata dessa causa através de um modelo fictício, simples e generalista. “Quis quantificar isso através de modelo de um terminal genérico, com constantes, velocidades, produtividade dos equipamentos no pátio e como isso é interligado”, resume Caceta.

Nas simulações variando quantidade de equipamentos e produtividade, o engenheiro concluiu que não compensa um número muito grande de guindastes (RTGs) no pátio, na medida em que se formem filas. Caceta explica que o guindaste não para enquanto a fila de carretas não acaba. Ele acrescenta que, quando as filas no cais terminam, os caminhões ainda levam um tempo até voltar para o cais, deixando o guindaste ocioso.

— Se o terminal tem dois RTGs a 15 movimentos por hora cada e com quatro a 12 veículos no pátio, o guindaste não consegue passar dos 27 mph. É a mesma produtividade que três RTGs fazendo 16 mph ou 17 mph, com quatro a 18 veículos — exemplifica. O estudo aponta ainda que dois RTGs operando a 18 mph permitem que o guindaste de cais atinja desempenho de 28 mph.

O professor diz que, se o RTG não dependesse de carreta e andasse sozinho, ele faria 30 mph. No entanto, ele para e fica aguardando a carreta vir para receber o contêiner. “Em seis hipóteses é possível chegar na mesma produtividade (27 mph) alcançada num guindaste. É possível ter 27 mph no guindaste com apenas dois RTGs e duas carretas para cada RTG fazendo 15 mph. “Mesmo que eu tenha três RTGs fazendo 17 mph com 18 carretas vou fazer os mesmos 27 mph”, detalha.

A produtividade bruta dos guindastes de cais (GMPH - Gross Moves per Hour, na sigla em inglês) é um dos principais indicadores de performance do terminal portuário. O valor é uma média do total de movimentos efetuados a cada hora. Todos os guindastes utilizados em cais sofrem paralisações ao aguardar pelo transporte que traz os contêineres a serem embarcados ou por aquele que leva os contêineres recém descarregados dos navios.

Caceta destaca que a produtividade individual do guindaste é o objetivo de cada terminal para aumentar seu desempenho. Ele diz que conseguir movimentar a carga de forma mais ágil e eficiente é preocupação dos terminais privados. “Para qualquer porto, é muito melhor ter uma produtividade individual do guindaste melhor, do que manter a produtividade do navio alta graças a vários guindastes espalhados”, avalia.

O autor do estudo ressalta que o resultado obtido apenas quantifica e colabora para o entendimento global do problema. “São muitas as vertentes e comparações que este estudo poderia tomar, baseado em suas próprias variáveis, porém a simplicidade deste modelo traz consigo um generalismo útil, principalmente por não explorar perdas particulares de uma determinada operação”, resume Caceta.






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