Há um Brasil menor. É o que estica o pagamento de valores ínfimos a trabalhadores e reajusta a tabela de imposto de renda abaixo da inflação. Está com juros de 13,75% e só pensa em elevá-los, quando já não consegue pagar tais juros sobre uma dívida interna acima de R$ 2 trilhões.
Mas o país real não pára e dá motivos para se acreditar no futuro. Em viagem ao Japão, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, falou a empresários da poderosa Keidanren – confederação de indústria e comércio de lá – sobre o escoamento de soja pelos portos do Norte do país. Isso dará vantagem em relação aos custos para se exportar o produto do Centro-Oeste por Santos e Paranaguá. Na verdade, 56% da soja brasileira é produzida na parte superior do Brasil – acima do paralelo 16 – mas, por carência logística, é levada em caminhões para Sul e Sudeste. Os novos portos visados são Itaqui (MA) e Vila do Conde (PA).
Kátia exortou os japoneses a investirem em Matopiba, que vem a ser uma fronteira agrícola quase virgem, que reúne terras de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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