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SP quer estender Tietê-Paraná em 200 km

De Brasília - A construção de usinas hidrelétricas, que a princípio poderia sugerir a obstrução das hidrovias pelo país, é, na realidade, o caminho mais indicado para viabilizar o transporte de cargas pelos rios. A hidrovia Tietê-Paraná é exemplo disso. O governo paulista está com um projeto em andamento para expandir a hidrovia em 200 km, atingindo um total de 850 km navegáveis no Estado. A preparação desse novo trecho, entre os municípios de Anhembi e Salto, só será possível com a construção de três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), projetos que se encontram em fase de estudos.

"É um empreendimento conjunto, com uso múltiplo e integrado das águas", comenta Antonio Bolognesi, diretor-presidente da Empresa Metropolitana de Águas e Energia de São Paulo (Emae). "Alguns anos atrás, só se trabalhava com uma visão energética. Atualmente, a ideia é que as usinas hidrelétricas, que terão eclusas, ajudem a pagar o projeto com a própria geração de energia", diz ele.

Enquanto os projetos dessas pequenas centrais hidrelétricas não se tornam realidade, o governo paulista trabalha na eliminação de gargalos que já afetam o curso atual da hidrovia.

Segundo Casemiro Tércio Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, já foram iniciadas as obras para remover os pilares centrais de pontes, que dificultavam o tráfego das embarcações. Na estrutura atual, um comboio de chatas, que é formado por quatro embarcações, tem de ser desmembrado para que possa passar pelas pontes, num processo que chega a demorar três horas. "Apenas com a eliminação dos pilares em três dessas pontes, o ganho de tempo de viagem será de dez horas", comenta Carvalho.

A remoção das estruturas das pontes deve ser concluída em 18 meses. O investimento, apenas nesse projeto, é de R$ 70 milhões, dinheiro que vai sair do caixa do governo paulista.

Outras quatro pontes passarão pelo mesmo processo nos próximos quatro anos. "Com a chegada da hidrovia até a cidade de Salto, o preço de R$ 40 que é cobrado por tonelada/km, vai cair para R$ 32", diz Carvalho.

Em toda a sua extensão, a hidrovia Tietê-Paraná chega a 2,2 mil km. Com as obras concluídas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estima que a movimentação de cargas salte dos atuais 5 milhões de toneladas por ano para 30 milhões de toneladas por ano. O investimento total das obras na hidrovia é estimado em R$ 14 bilhões.

(Fonte: Valor Econômico/AB)


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