Navio Mariscal José Félix Estigarribia é uma das embarcações existentes no local
A Superintendência de Portos e Hidrovias do Estado está autorizada a retirar os navios paraguaios Mariscal José Félix Estigarribia e General Bernardino Caballero que estão, há 14 anos, ancorados nas docas da área do Porto Organizado de Porto Alegre. A determinação foi publicada, hoje,terça-feira (14), no Diário Oficial do Paraguai.
A medida adotada pelo país vizinho visa o pagamento de uma dívida contraída com o Estado, desde 1997, referente à tarifa diária das embarcações, cujo valor totaliza R$ 4,93 milhões. O próximo passo será o recebimento oficial dos navios e o registro patrimonial nos arquivos da Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) para que possam ser vendidos e retirados do local.
Para evitar danos maiores ao meio ambiente, o titular da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), Beto Albuquerque, desde que assumiu a pasta, tem tratado o assunto com prioridade. Neste sentido, o Governo do Estado encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa propondo o recebimento dos navios, por parte do Estado, em troca das dívidas contraídas. "Mais importante que receber o valor devido é nos livrarmos dessas sucatas potencialmente provocadoras de danos ambientais", justificou Beto. A intenção da Secretaria é vender as embarcações para retirá-las da área portuária o mais breve possível. "Ainda durante o governo Olívio Dutra, esvaziamos os tanques de combustíveis, mas a cada ano, as sucatas ficam mais precárias aumentando os riscos", explicou.
As ações, segundo o superintendente de Portos e Hidrovias, Vanderlan Vasconselos, também fazem parte dos projetos referentes à Copa do Mundo de 2014, que tem Porto Alegre como uma das sedes do maior evento futebolístico do mundo. "No local onde hoje estão atracados os navios paraguaios, o Governo do Estado pretende construir um Terminal Internacional Turístico, que prevê a chegada de embarcações com cerca de 1,5 mil passageiros. A área deverá ser o atracadouro de navios de cruzeiro", destacou Vanderlan.
Fonte: Jornal Agora(RS)/Assessoria
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