Pela primeira vez em sua história, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, ultrapassou a marca de um milhão de TEUs movimentados em um ano. A marca foi impulsionada, principalmente, pelos investimentos realizados em infraestrutura e pela exportação de cargas refrigeradas, que faz do terminal a maior porta de saída de carnes congeladas do Brasil.
Do total de cargas movimentadas nos 11 primeiros meses do ano, 57,52% corresponderam à exportação, com destaque para carnes e congelados, e 42,48% à importação, destacando-se bens de consumo e eletroeletrônicos. No período, a ferrovia movimentou 115.310 TEUs.
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A expectativa da empresa é fechar o ano de 2021 com aproximadamente 1,09 milhão de TEUs operados, o que representará um crescimento de 11,75% em relação ao ano de 2020.
"Apesar da crise global dos contêineres que atingiu todos os principais portos do mundo, a TCP está aumentando a capacidade de movimentação, investindo em pessoas e equipamentos. Também viabilizamos mais rotas marítimas em Paranaguá, oferecendo opções competitivas para importadores e exportadores", explica Thomas Lima, diretor Comercial e Institucional do terminal. Recentemente, o terminal anunciou um novo serviço para a Ásia em parceria com o armador coreano Hyundai.
Apesar da crise mundial de falta de navios e contêineres a TCP teve resultados expressivos, chegando a movimentar mais de 100 mil TEUs em um úncio mês, em setembro de 2021.
Thomas Lima explica que a crise se deve à mudança nos padrões de consumo e à demanda reprimida causada pela pandemia. "O problema foi agravado por eventos como o bloqueio do canal de Suez. Isso gerou uma procura desequilibrada por contêineres, além de aumentar a ocupação dos portos e navios. Com a crise, ficou mais difícil a reserva de contêineres vazios e o frete marítimo teve seus valores aumentados expressivamente".
No transporte de contêineres da China até o Brasil, o aumento do preço do frete foi de quase cinco vezes em relação a tarifa média cobrada normalmente. Em janeiro de 2021, por exemplo, esse valor chegou a cerca de R?50 mil por contêiner de 40 pés.
O executivo da TCP explica que os principais impactos para os terminais de contêineres dizem respeito à capacidade de receber novas cargas. "A grande demanda reprimida chegou forte e de uma única vez, colapsando os menores. Os operadores portuários precisaram se reinventar para atender o mercado", explica.
De acordo com o executivo da TCP foi possível absorver a movimentação gerada sem entrar em colapso graças à expansão concluída em 2019, além do moderno parque de equipamentos. As obras permitiram ao terminal movimentar até 2,5 milhões de TEUs anualmente, contando com cais de 1.099 metros e quase 500 mil m² de área para contêineres.