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Trâmite nos portos-secos de Minas Gerais reduz 30,3%

Sob impacto da crise econômica, os desembaraços nos portos-secos do Estado continuam com queda em relação ao ano passado. De janeiro a abril, foram desembaraçados US$ 1,992 bilhão em mercadorias nas aduanas mineiras contra US$ 2,861 bilhões no mesmo período de 2015, uma redução de 30,3%. Os dados foram divulgados pela Receita Federal do Brasil (RFB).

“O comércio exterior depende do consumo interno e a redução nos desembaraços é reflexo da queda de consumo de mercadorias no País. É tudo reflexo da crise e se houver uma retomada do consumo da população, certamente isso vai impactar no comércio exterior. No entanto, não há expectativa disso acontecer no curto prazo tendo em vista que produtos sazonais estão chegando em quantidade bem menor do que em anos anteriores. Isso vai afetar muito os números deste ano”, resumiu o diretor da Atlas Comércio Exterior, Frederico Pace Drumond.


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No porto-seco de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi apurada a queda mais acentuada em termos de valores desembaraçados. O terminal desembaraçou US$ 13,4 milhões em mercadorias durante o acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, 58,4% menos que o montante do mesmo intervalo do exercício passado (US$ 32,4 milhões).

Recentemente, o terminal de Uberlândia foi adquirido pela LRCL Participações e Investimentos, empresa detentora de ativos logísticos sediada no município, da Libra Holding S/A. O valor do negócio não foi revelado por conta de cláusulas de confidencialidade contratuais, mas, conforme já informado, o objetivo do grupo é impulsionar a movimentação de cargas para desembaraço e exportação na aduana.

Já a aduana de Uberaba, também no Triângulo, desembaraçou US$ 259,9 milhões entre janeiro e abril, com alta de 8,5% frente ao valor desembaraçado em mercadorias nos mesmos meses de 2015 (US$ 239,5 milhões). O crescimento aconteceu ao mesmo tempo em que a movimentação no porto-seco de Uberlândia caiu. As duas aduanas concorrem entre si.

No porto-seco Granbel, controlado pela Usifast, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), houve queda nos desembaraços. A zona aduaneira, caracterizada pela variedade na movimentação de diferentes tipos de mercadorias, desembaraçou US$ 327,7 milhões de janeiro a abril, com baixa de 25% em relação ao mesmo intervalo de 2015, quando os desembaraços somaram US$ 437,2 milhões.

As importações por meio da aduana de Varginha, no Sul de Minas, totalizaram US$ 134,6 milhões no primeiro quadrimestre do ano. Na comparação com os desembarques de mercadorias em iguais meses do exercício anterior, quando eles chegaram a US$ 206,4 milhões, houve uma redução de 34,7%.

Os desembaraços no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (RMBH) também caíram. Até abril, as importações somaram US$ 921,7 milhões contra US$ 1,878 bilhão no mesmo intervalo de 2015, recuo de 50,9%. O terminal de Confins respondeu por 46,2% do total desembaraçado em todas as aduanas do Estado durante os quatro primeiros meses deste ano.

Na contramão dos desembaraços totais do Estado, o porto-seco de Juiz de Fora, na Zona da Mata, registrou um forte crescimento. A aduana desembaraçou US$ 335,1 milhões em mercadorias no acumulado até abril, um salto de 398,4% em relação ao valor de igual intervalo do exercício anterior, quando somou US$ 67,2 milhões. A Multiterminais, operadora do terminal, foi procurada pela reportagem para explicar o crescimento, mas até o fechamento desta edição não se posicionou sobre o assunto.

Exportações – Nem mesmo o dólar valorizado frente ao real foi capaz de impulsionar as exportações através dos portos-secos este ano. Ao contrário, os embarques também caíram. As remessas ao exterior através das aduanas mineiras encerraram o acumulado até abril deste ano com queda de 53,3%, somando US$ 221,3 milhões sobre US$ 143,9 milhões no mesmo intervalo do exercício passado.

Em termos de valor exportado em mercadorias, o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação de Guaxupé movimentou US$ 103,2 milhões no primeiro quadrimestre. Pelo terminal de Confins foram embarcados US$ 87 milhões contra US$ 143,9 milhões nos mesmos meses de 2015, uma retração de 39,5%.

Fonte: Diario do Comercio/Leonardo Francia






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