Rachaduras nas casas e tremores no chão fazem parte da rotina dos moradores da avenida Fernando Antônio da Silveira, no bairro Santa Rita, em Vila Velha, por causa do tráfego de caminhões é intenso, principalmente na parte da tarde. A via dá acesso ao porto de Capuaba.
Morador do bairro há mais de 30 anos, o marceneiro José de Souza Barros, 62, diz que o problema sempre existiu, pois o local não aguenta a passagem de veículos pesados. Já que segundo ele, as casa foram construídas em cima de lixo aterrado e por isso não possuem estrutura adequada. "Esse problema sempre existiu. As casa não têm uma boa condição porque aqui debaixo é tudo lixo".
A casa do comerciante Matusalem Alves, 50 anos, tem mais de 40 anos, e nunca teve problema até há quatro anos. Segundo ele o transtorno começou após trocarem as calçadas. "Depois que eles mudaram as calçadas que tudo começou. Com a passagem dos caminhões que vão para o porto a estrutura da casa não aguenta e balança, daí vem essas rachaduras".
Além dos caminhões que passam todo dia pelo bairro, existem moradores que trabalham com transporte e acabam levando para casa o veículo carregado. "Com a proximidade do porto tem muita gente que trabalha com caminhão e já traz o carro com a mercadoria para casa".
O comerciante já calculou o prejuízo causado pelos veículos, mas afirmou que não vai ter dinheiro para fazer tudo de uma vez. Ele chega a comparar a passagem dos caminhões com um pequeno terremoto. "Vou ter que arrumar aos poucos. Quando passa o caminhão balança tudo, parece até um pequeno terremoto".
Em reunião na tarde desta quinta-feira com representantes da Polícia Rodoviária Federal, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Estado, (Dnit) e a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), o vereador Almir Neres informou que na próxima semana serão colocados placas informando que é proibido estacionar no acostamento. Já na semana seguinte as carretas que permanecerem no local serão guinchadas.

Fonte: A Gazeta Vitória (ES)

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