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Transporte por contêineres pela Brado cresce 25% de SP para MT

Trens registram recordes na taxa de ocupação de Sumaré (SP) para Rondonópolis (MT), carregando diversos tipos de produtos e democratizando a ferrovia

O transporte de cargas pela Brado de São Paulo em direção ao Mato Grosso cresceu 25% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Cada vez mais os contêineres que circulam entre Sumaré (SP) e Rondonópolis (MT) em vagões double stack trafegam cheios, com produtos variados que abastecem Mato Grosso. O recorde no fluxo em direção ao Centro-Oeste foi em junho de 2022, com taxa de ocupação de 94%. Neste ano, março registrou o maior volume para o mês, com mais de mil contêineres carregados.


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Defensivos agrícolas, bebidas, produtos de higiene e limpeza e materiais de construção foram as cargas que contribuíram para o aumento, com crescimento de até 115% no caso dos defensivos. A operação é proveniente das indústrias localizadas na Região Metropolitana de Campinas. São mais de 40 produtos atendidos na operação, democratizando o transporte de cargas pela ferrovia e abastecendo o mercado de consumo no interior do País.

De acordo com Rafael Seijas, gerente executivo de Planejamento da Brado, essa solução logística é uma realidade recente e com potencial transformador na região. “Iniciamos em 2017 esse fluxo no mercado interno e no primeiro ano movimentamos 519 contêineres. Cinco anos depois, nosso resultado já ultrapassou a barreira dos 10 mil contêineres por ano em direção ao Mato Grosso”.

Segundo o gerente, a movimentação de cargas da região industrializada com destino ao interior do País pela ferrovia representa uma quebra de paradigma na logística brasileira. “O fluxo habitual é desequilibrado: os ativos rodoviários e ferroviários vão até os portos cheios e retornam para o interior com grande ociosidade”, explica.

Quando essa rota operado pela Brado iniciou, em 2017, foi possibilitada devido ao crescente transporte de milho de venda interestadual, que sai de Rondonópolis com destino a Sumaré, abastecendo as indústrias da região. “A carga do milho no mercado interno foi importante para nos dar regularidade e cadência. A partir do momento que conseguimos estabelecer o fluxo de ida de um trem a cada dois ou três dias, foi criado um terreno muito fértil para começarmos a prospectar os clientes do mercado interno a partir de Sumaré, o que basicamente é ocupar o fluxo de retorno”, diz Rafael. Seis anos depois, hoje os trens estão circulando praticamente cheios nos dois sentidos.






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