A sonhada duplicação de toda a extensão da estrada que liga a região metropolitana de Porto Alegre ao porto do Rio Grande teve novo avanço esta semana, com a Licença Prévia concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), para as obras da BR-116, no trecho entre Eldorado do Sul e Pelotas. Com a licença, o Dnit pode dar início ao processo de licitação para a contratação das empresas que deverão executar a duplicação.
O trecho a ser duplicado na BR-116 tem aproximadamente 220 km, que serão divididos em 10 lotes, e a previsão é de que as obras devem custar R$ 1 bilhão. A duplicação faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e complementa as ações de desenvolvimento do corredor rodoviário ligando a capital gaúcha ao porto rio-grandino. O outro trecho, já na BR-392, entre Pelotas e Rio Grande, já tem as obras em andamento, em ritmo acelerado.
O Dnit prevê que o edital seja lançado até o próximo dia 15. A partir daí, se não houverem impedimentos no trâmite, a expectativa é de que até outubro deste ano as empreiteiras vencedoras já possam dar início à duplicação da BR-116. "É um prazo bem viável, porém é preciso que a licitação seja sem recursos judiciais das empresas envolvidas", disse o superintendente do Dnit no Estado, Vladimir Casa.
A duplicação do eixo rodoviário entre a região metropolitana e Rio Grande é de fundamental importância, tanto para a Metade Sul como para a economia do Estado como um todo, pois facilita o escoamento da produção até o porto marítimo, diminui os custos de frete e torna a viagem mais segura. Para o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), “a infraestrutura rodoviária da Metade Sul está sendo profundamente qualificada pelos investimentos do PAC”. Segundo o parlamentar, a obra na BR-116 dará um impulso importante no desenvolvimento da região. “O impacto do PAC e das políticas do governo Lula para a Metade Sul se acentua quando recapitulamos a consolidação do Polo Naval do Rio Grande, a definição da ampliação da Ferrovia Norte Sul abrangendo o Estado e, ainda, a recuperação da navegabilidade com a Hidrovia do Mercosul, ligando os portos de Rio Grande e Estrela com o Mercosul e o Brasil”, afirmou.
Germano S. Leite
(Fonte: Jornal Agora/Rio Grande,RS)
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