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Um terço das obras do PAC no RS ainda não está concluída

Passados três anos desde o anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nenhuma das 20 principais obras previstas para o Rio Grande do Sul foi concluída. Das construções prometidas, um terço ainda se encontra no papel, em fase de projeto ou em vias de licitação. O restante está em andamento, mas quase todas as iniciativas apresentam atrasos no cronograma original devido a entraves burocráticos. Desde fevereiro do ano passado, Zero Hora acompanha a evolução de duas dezenas de obras destinadas a reformular o Estado, pinçadas de um conjunto de mais de 500 melhorias de infraestrutura incluídas no pacote governamental por apresentarem grande impacto social e econômico. O último relatório do chamado "pacômetro", compilado com base em informações prestadas por empresas e órgãos governamentais responsáveis pelos projetos, foi publicado há seis meses. A principal mudança em relação a julho do ano passado foi o número de iniciativas que deixaram a fase de projeto e começaram a sair do papel. Em meados do ano passado, 12 (60%) delas ainda não haviam começado na prática. Agora, esse contingente caiu para seis. Entre as obras que começaram a virar realidade neste período estão a implantação da Rodovia do Parque, a duplicação da rodovia Pelotas-Rio Grande, o programa Via Expressa da BR-116, a dragagem do canal de Rio Grande, o alargamento da pista do aeroporto Salgado Filho e a barragem de Taquarembó. Ainda se resumem a sonhos iniciativas como a nova ponte sobre o Guaíba, o Porto Novo de Rio Grande e as duplicações das BRs 386 (entre Tabaí e Estrela), 290 (Eldorado do Sul-Pantano Grande) e 116 (Eldorado do Sul-Pelotas). Um dos principais problemas que afetam a concretização das melhorias no Estado e fazem com que nenhuma delas tenha sido entregue nesses três anos são os sucessivos atrasos nos cronogramas. Um levantamento dos prazos originais e do ritmo de trabalho das 20 obras incluídas no pacômetro indica que, pelo menos, 60% delas já sofreram algum tipo de atraso ou adiamento — seja ainda em fase de projeto ou já com os trabalhos em andamento. Os problemas mais comuns são complicações burocráticas, como dificuldades de desapropriações, cessões de terreno e elaboração ou revisão de editais. O Porto de Rio Grande deverá concentrar o primeiro pacote de melhorias a serem entregues aos gaúchos, ao longo dos próximos meses. A dragagem do canal, o prolongamento dos molhes e o novo estaleiro prometem ser os primeiros frutos de peso do PAC a desempacarem em solo gaúcho. Por enquanto, porém, o ritmo de concretização das promessas ainda é lento.(Fonte: Zero Hora/Marcelo Gonzatto)





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