BELO HORIZONTE - O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, disse na tarde desta terça-feira que a empresa formou um consórcio para entrar num processo de licitação da chamada “área do meio”, no Rio de Janeiro. O objetivo é construir um porto de exportação de minério de ferro e outras cargas. A “área do meio” está localizada entre os portos da CSN e da Vale.
Brumer não revelou quais são os parceiros da empresa no consórcio nem o volume de investimentos que o grupo avalia fazer caso saia vencedor.
Por meio de um acordo com a MMX, a Usiminas escoa sua produção de minério de ferro por um porto da empresa de Eike Batista. O acordo prevê a utilização da estrutura por cinco anos (renováveis por mais cinco).
Caso o consórcio que integra venha a ter a concessão da “área do meio”, o plano da Usiminas é erguer um porto que não sirva apenas às exportações de minério de ferro. “Ao governo do Rio não interessa só mais um porto de minério de ferro”, disse ele, durante entrevista no qual apresentou os resultados do terceiro trimestre da empresa.
Segundo o executivo, a empresa colocou à disposição do consórcio uma área de 880 mil metros quadrados (a chamada área de Ingá) – que adquiriu em 2008. Não é uma área na costa, mas poderia ser usada como retroportuária se unida aos 220 mil metros quadrados da “área do meio” a ser licitada.
A Usiminas adquiriu Ingá em 2008 e, segundo Brumer, faltam 15 meses para a recuperação da área – conforme, acrescentou ele, previa o cronograma.
“Nossa ideia de juntar essa área de Ingá é também exportar outro tipo de carga” [que não minério de ferro], disse ele. Além dos portos da CSN e da Vale, a MMX inaugura outro porto para minério de ferro em 2013.
(Fonte: Valor Econômico/Marcos de Moura e Souza)
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