As instalações da ZPE Ceará (Zona de Processamento de Exportações do Complexo Industrial e Portuário do Pecém) passarão por uma nova vistoria no dia 25 de fevereiro (segunda-feira), a ser realizada por uma comissão da Superintendência da Receita Federal no Estado, conforme informou ontem o diretor técnico do empreendimento, Marcelo Costa Caldas. Caso a vistoria tenha um resultado positivo, é bem provável que o alfandegamento aconteça no começo de marco, após a publicação do Ato Declaratório Executivo (ADE).

Embora a inauguração da ZPE deva ocorrer somente daqui a um pouco menos de um mês, o Porto do Pecém recebe, já neste domingo, um navio que trará equipamentos para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). A embarcação STX Brassiana, que partiu do Porto de Busan, na Coreia do Sul, fará o transporte de parte dos materiais que serão utilizados na construção da coqueria da usina. A carga transportada pelo navio equivale a 1.953 metros cúbicos e pesa 99,84 toneladas, distribuídas em 36 caixas.

Sem prejudicar a CSP

Apesar disso, Caldas esclareceu que, mesmo com essa diferença de tempo, a siderúrgica não terá seu cronograma de obras prejudicado, caso os equipamentos sejam entregues no começo de março, para quando está previsto está o alfandegamento, e sem o qual a entrega não pode ser feita. "Porém, se esse prazo se alargar ainda mais, vai ficar complicado", teme o diretor técnico do empreendimento.

Armazenamento

A respeito do que será feito com os equipamentos da CSP até que a ZPE seja alfandegada, Caldas afirma que, a partir do momento que as cargas chegam no porto, elas podem ficar armazenadas lá por até 90 dias, seja no pátio do complexo ou em armazém coberto, dependendo do tipo de equipamento. Depois disso, devem ser encaminhadas a seu destinatário. Por ser um período bem superior ao que se espera para a inauguração da ZPE, Caldas admitiu estar tranquilo quanto a essa diferença de tempo.

Atrasos

A contar da primeira previsão feita para o alfandegamento do empreendimento, estimada para dezembro do ano passado, o atraso já passa de um mês. Desde então, três vistorias foram realizadas pela Receita Federal, e em todas elas foram detectadas pendências nas instalações.

Fonte: Diário do Nordeste

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