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Artigo - A cultura Data Driven (orientada por dados) e o Comex!

O dinamismo do comércio exterior no Brasil e no mundo tem tornado a adoção de uma cultura Data Driven cada vez mais crucial para as empresas do setor (exportadores, importadores, agentes de carga, terminais portuários, armadores, entre outros), mesmo após o fim da pandemia e a consequente queda dos fretes.

Em um mundo já movido por dados e informações, porém repleto de rupturas e volatilidade, conseguir antecipar decisões estratégicas embasadas em análises objetivas tem se mostrado essencial para se destacar num mercado em constante transformação.


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Recentemente, a SOLVE participou de um webinar bastante interessante sobre esse tema, evento esse que foi promovido pela Columbia Trading e brilhantemente moderado pela Gett, tendo contado ainda com a presença sempre bem embasada da Flows (mais detalhes aqui).

Além de perceber que as nossas “dores” (demonstrar que há ciência por trás das oscilações dos fretes e níveis de serviço) são bastante parecidas com a dos demais colegas provedores de “inteligência logística”, pode-se dizer que, dentre as reflexões mais interessantes do webinar, estão os estágios da transformação para uma cultura orientada por dados:

 Ilustração

 

Já estamos na era dos dados

Muitas vezes demonstrar às pessoas que trabalham no dia a dia do shipping como os dados podem ajudá-las a prever cenários e melhorar/agilizar suas decisões não é das tarefas mais fáceis. Alguns profissionais vêm fazendo isso há tempos (com base no “feeling” extraído de conversas com diferentes players: fornecedores, clientes e até concorrentes) e muito antes do surgimento das novas tecnologias, o que acaba gerando certa desconfiança e indiferença aos dados.

Claro que essas conversas são (e continuarão sendo) bastante importantes, contudo, com o advento da tecnologia e as transformações pelas quais vem passando o comércio exterior (pandemia, hábitos de consumo, guerras, mudanças políticas e novas regulamentações como o IMO 2023), confiar apenas em conversas informais pode não ser mais suficiente para tomar decisões que invariavelmente envolvem dezenas ou centenas de milhões de dólares.

Ainda podemos pedir um táxi (ou uma pizza) por telefone, comprar passagens aéreas (ou hospedagem) numa agência de turismo ou ir até uma agência bancária discutir opções de investimentos, mas após algum período de negação, indiferença e aceitação, temos cada dia mais utilizado as novas tecnologias para realizar essas e outras atividades.

Assim como evoluímos com essas tecnologias em nosso dia a dia, percebendo o valor que elas podem nos entregar, há muita tecnologia disponível para o desenvolvimento da cultura data driven no Comex.

O que é ter uma cultura Data Driven?

A cultura Data Driven é uma abordagem empresarial que coloca os dados como elemento central na tomada de decisões e na condução das operações. Nessa cultura, as empresas utilizam dados coletados e análises objetivas para embasar suas estratégias, processos, ações e reações.

Em uma cultura Data Driven, as decisões não são baseadas apenas em intuição ou experiência, mas também em informações concretas e resultados mensuráveis. Os dados são coletados de diversas fontes e analisados para que se obtenha insights e padrões que possam orientar a tomada de decisões.

O principal benefício dessa abordagem é a redução da incerteza e do viés subjetivo nas decisões, aumentando a precisão e a eficiência das operações empresariais.

Utilizar dados permite que as empresas identifiquem corretamente as tendências, compreendam o comportamento do mercado, otimizem processos, prevejam resultados e antecipem possíveis problemas.

Desafios a Superar

Apesar dos benefícios, implementar uma cultura Data Driven ainda enfrenta grandes desafios:

1. Amplitude de aplicação: Para que a cultura Data Driven seja eficaz, é necessário garantir que todos os departamentos estejam engajados no projeto. Isso demanda tempo!
2. Cultura: A adaptação da cultura organizacional é fundamental para o sucesso da implementação da abordagem Data Driven. Compreender a relevância dos dados em relação à missão, visão e valores da empresa é essencial para adotá-la de forma efetiva. E isso demanda muito apoio da alta gestão da empresa!
3. Aversão a números: Algumas pessoas ainda evitam lidar com números e preferem confiar em circunstâncias locais e experiência pessoal. Superar essas resistências e demonstrar como os dados podem se tornar um aliado é crucial, mas também demanda algum tempo;
4. Comunicação: A falta (ou falha) de comunicação pode gerar conflitos de informações e dificultar a implementação da cultura Data Driven;
5. Mão de Obra: Ter colaboradores qualificados e engajados na causa é essencial para extrair o maior proveito dos dados. É importante oferecer cursos e treinamentos sobre os dados.

Em suma, a adoção de uma cultura Data Driven torna-se cada vez mais crucial para as empresas do setor de comércio exterior, tanto no Brasil quanto no mundo.

A capacidade de antecipar decisões estratégicas embasadas em análises objetivas é essencial para se destacar em um mercado em constante transformação. Através do uso sistemático de dados, cada vez mais empresas têm alcançado resultados operacionais e financeiros expressivos.

Na prática temos notado cada vez mais empresas buscando conhecer a origem e o conceito por trás dos dados de terceiros, para que consigam integrá-los aos seus sistemas de gestão, com o intuito de entender como esses dados de fato afetam suas operações (e seus resultados).

Isso só confirma que a era dos dados já está presente no comércio exterior, e aquelas empresas que abraçarem essa cultura estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado globalizado e dinâmico.

Link para assistir ao webinar: https://www.youtube.com/watch?v=Tfxxw5GcoRA

Leandro Barreto e Ana FragosoLeandro Carelli Barreto é sócio da Solve Shipping Intelligence

Ana Fragoso é formada em Comércio Exterior, com pós em Marketing Internacional e possui uma trajetória de mais de 10 anos no shipping, tendo trabalhado em grandes armadores e forwarders em diferentes países. Atualmente é Head of Marketing & Sales da SOLVE e uma das principais referências em “Slow Marketing” no Brasil

 

 

 

 

 






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