Navios abandonados: de passivo a ativo ambiental
- Augusto Antoun e Carlos Boeckh
- Opinião
Por Augusto Antoun e Carlos Boeckh
• A Baía de Guanabara vem acumulando ao longo de décadas, um passivo ambiental que a degrada e que há muito pede por uma solução. Segundo a Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (CICCA), da Secretaria de Estado do Ambiente, em 2015 foram contabilizadas cerca de 150 embarcações abandonadas no espelho da Baía de Guanabara. Da falência do armador à defasagem tecnológica do navio, existem diversos motivos pelos quais embarcações são abandonadas no mar.
Independentemente da motivação inicial, a presença dessas carcaças suscita uma forte preocupação sócio-ambiental à população do Rio de Janeiro. Um exemplo do tipo de problema derivado é o fato de não se conhecer o inventário de óleo ou produtos perigosos existentes em cada um dos navios lá abandonados. Nos navios que ainda flutuam, não se sabe qual o grau de integridade de suas estruturas e, portanto, se ainda há possibilidade de rebocá-los ou não.