SÃO PAULO - A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) reiterou nesta quarta-feira a posição expressa em posicionamento oficial sobre a crise política e econômica emitido na semana passada, na qual manifesta sua “enorme preocupação” com o momento atual e com a manutenção desse cenário nos próximos meses. A entidade defende a construção de um projeto nacional que devolva competitividade à indústria brasileira.
A mais grave crise enfrentada na história democrática do Brasil, afirmou a associação, tem efeitos evidentes, como a polarização na sociedade e a paralisia econômica do país. Assim como seus associados, informou que espera que “a serenidade e o espírito público de lideranças políticas e sociais” coloquem o país no caminho de resolver divergências e “trabalhar em um projeto nacional que garanta o restabelecimento da competitividade da indústria, para a elaboração de um plano de desenvolvimento econômico de longo prazo”.
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Os resultados da indústria química brasileira refletem a gravidade da crise do país, conforme a Abiquim. Nos últimos 12 meses, a demanda por produtos químicos caiu 7,9%, o maior recuo em 25 anos. “Com isso, a indústria está operando no mais baixo patamar de produção de sua história”, informou, acrescentando que o Brasil possui enorme potencial de crescimento.
“A Abiquim tem total convicção na solidez das instituições brasileiras e na força de sua democracia", disse a entidade no documento. Para a Abiquim, o projeto nacional deve abranger questões essenciais como educação, saúde e saneamento básico, além das reformas previdenciária, tributária e projetos de aspecto estruturante, como um conceito para construção de uma infraestrutura eficiente para os próximos 30 anos com a utilização do petróleo e do gás resultantes do pré-sal para desenvolvimento da indústria brasileira”, apontou.
Fonte: Valor Econômico/Stella Fontes