Cem milhões de toneladas até 2018. Esta é a produção de milho estipulada pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), desde que o setor consiga se estruturar de forma efetiva nos próximos anos. Esse e outros assuntos foram discutidos ontem na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba, num encontro nacional, que reuniu diversas entidades públicas e privadas ligadas à commodity. O evento também foi articulado pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa).
De acordo com o presidente da Abramilho, Alysson Paolinelli, um projeto está sendo desenvolvido – em parceria com a Embrapa e a Fundação Dom Cabral – para que as principais demandas do setor sejam levadas ao Governo Federal. "São seis grandes reuniões nas quais todas as arestas estão sendo aparadas. Estamos ouvindo as entidades e elaborando um plano nacional para a cultura, que deve ser finalizado em maio", explicou Paolinelli.
Ele relatou ainda que o setor se desenvolveu muito na última década, mas que alguns pontos precisam continuar em debate. "Temos muito o que crescer em áreas como assistência técnica e tecnologia. Mas hoje estamos muito à frente, com centro produtores de excelência, como o próprio Paraná. Temos muito o que aprender com os produtores do Estado", avaliou o representante do setor.
Para Paolinelli, a commodity está no rumo certo, já que a iniciativa privada está tomando a frente de diversas iniciativas para incrementar o setor. "Serviços de máquinas agrícolas, infraestrutura, armazenamento. Existem muitos pontos que podem ser viabilizados pela iniciativa privada. Este processo será fundamental", relata.
Além da projeção de uma maior produtividade para os próximos anos, a Abramilho projeta uma maior utilização do grão para outros setores – leia-se aves e suínos – diminuindo as exportações do produto. "Queremos que a nossa produção fique no País, fomentando estes outros setores. Isso seria fantástico", conclui Paolinelli.
No Paraná, a expectativa de produção da primeira safra de milho é de 7 milhões de toneladas, alta de 5% em relação a safra passada. Já a área diminuiu 13% em comparativo a safra 2011/12, atingindo apenas 845 mil hectares.
Fonte: Folha de Londrina,PR / Victor Lopes
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